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Em depoimento, médico apresenta duas versões para morte de jornalista no DF

G1

O médico Haeckal Cabral Moraes foi interrogado na última sexta-feira (5) na delegacia da Asa Sul, que investiga a morte da jornalista Lanusse Martins durante uma cirurgia de lipoaspiração, realizada pelo cirurgião no último dia 25.
Haeckal chegou acompanhado de um advogado e com um atestado informando que ele já estava em condições de depor.

Na primeira vez em que foi convocado pela polícia para prestar depoimento, no dia 27 do último mês, o cirurgião alegou um problema de saúde e apresentou um atestado médico de 15 dias.

De acordo com a delegada Martha Vargas, primeiro Haeckal alegou em seu depoimento que a perfuração de uma das veias, apontada pelo IML como causa da morte de Lanusse, teria ocorrido por causa da massagem cardíaca. Mas, ao ser questionado pela polícia sobre o local da massagem ser acima do rim, o médico disse que o problema pode ter ocorrido por causa das mudanças de posição da paciente para a lipo.

Haeckal negou que a perfuração tenha sido provocada pela cânula de aspiração e se defendeu da acusação de erro médico.

A polícia se baseia no laudo do IML, que constatou a perfuração da veia do rim por um objeto, que no caso, seria a cânula. As explicações do médico não convenceram a delegada, que manteve o indiciamento de Haeckal por homicídio doloso, entendendo que o cirurgião assumiu risco de matar a paciente. Martha Vargas que ouvir, ainda, alguns parentes de Lanusse Martins para a conclusão do inquérito que deve ser enviado ainda esta semana para o Ministério Público.
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