Imprimir

Notícias / Política BR

Alencar foge de polêmica, mas vê diferença entre os governos Lula e FHC

Folha Online

O vice-presidente José Alencar disse nesta segunda-feira que, por enquanto, não vai comentar as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a capacidade de liderança da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à Presidência da República. FHC chamou a ministra "boneco" manipulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após evento ao lado do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Alencar disse que não falaria sobre o assunto em respeito ao amigo mineiro. "Acho que eu não deveria, aqui no Palácio das Mangabeiras [sede do governo mineiro], visitando como cortesia ao governador Aécio, que pertence ao mesmo partido [de FHC], fazer comentários a respeito da entrevista do ex-presidente."

Entretanto, disse que vê uma "diferença muito grande" entre os governos de Lula e de Fernando Henrique. "O que posso dizer é que, nós que estamos no governo, ao lado do presidente Lula, achamos que a diferença é muito grande. Mas isso é um assunto que conversaremos oportunamente", afirmou.

Hoje à tarde, durante inauguração da Biblioteca de São Paulo, FHC questionou a capacidade de liderança de Dilma. 'Pode até vir a ser, mas por enquanto ela não é líder. Por enquanto, é reflexo de um líder', disse.

Essa é a segunda vez em menos de três dias que o ex-presidente tucano faz duras críticas à ministra da Casa Civil. No fim de semana, convidado a discursar num seminário organizado por prefeitos e governadores do PSDB, Fernando Henrique comparou Dilma a um "boneco" e disse que a ministra-candidata é "manipulada" pelo "ventríloquo" dela, o presidente Lula.

No fim de semana, FHC disse que o governo Lula não promoveu mudanças com relação à sua administração. "Todos achavam que Lula mudaria tudo. Não mudou, seguiu adiante no que eu tinha feito. Eu achei bom", disse.

Líderes petistas rebateram as críticas do ex-presidente e disseram que as declarações tornam mais fácil a disputa eleitoral porque o partido poderá vincular o governo do ex-presidente com o candidato tucano, José Serra (PSDB).

Imprimir