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"Prefiro não fazer prejulgamentos", diz novo ministro sobre pedido de prisão de Arruda

Folha Online

O novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, evitou avaliar nesta quarta-feira o pedido de prisão preventiva do governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), apresentado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ao Ministério Público Federal. Barreto disse apenas que neste caso não haverá "prejulgamento".

Barreto, que tomou posse hoje, disse que agora vai tomar um conhecimento mais específico. A OAB solicitou a prisão preventiva ou o afastamento de Arruda após a denúncia de que teria tentado subornar uma das testemunhas do esquema de pagamento de propina, o que caracterizaria uma tentativa de obstruir as investigações.

"A Polícia Federal está investigando o assunto, o inquérito está aberto. Vou aguardar informações mais precisas desse inquérito nesse caso. [Prefiro] não fazer prejulgamentos, não avaliar essa questão antes de conhecer o inquérito que está mão na Polícia Federal."

Segundo o ministro, o inquérito contra o governador será analisado dentro das normas constitucionais.

"Na verdade, temos um Ministério Público atuante, temos as instituições funcionando no Brasil. Acreditamos nessas instituições. A polícia faz seu trabalho, o Ministério Público também faz seu trabalho. Há um total funcionamento das instituições no país que acreditemos que tudo será julgado de maneira justa. Acho que este é o ponto", afirmou.

Questionado sobre as críticas que a Polícia Federal recebe durante as operações, o ministro minimizou a polêmica e negou que a corporação atue politicamente.

"As críticas não vão impedir nem reduzir as ações da Polícia Federal. A Polícia Federal é uma polícia que não protege nem persegue e ela vai continuar agindo assim. Se em algum momento a polícia cometer abuso, vamos responsabilizar quem cometeu, mas nenhuma crítica vai frear as ações", disse.
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