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Republicano afirma que não vai trabalhar para Carlos Abicalil

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

A crise no diretório estadual do PT também ganhou repercussão em Rondonópolis. O vereador pelo PR Ananias Martins Filho, externou nesta quarta-feira (10), durante a sessão legislativa da Câmara Municipal, sua opinião sobre a decisão do deputado federal Carlos Abicalil em disputar a eleição para o Senado Federal e ainda afirmou que o deputado não terá o seu apoio.

“Fiquei triste com a decisão do PT de excluir a Serys para a candidatura de senadora. Aqui em Rondonópolis ele não terá o meu apoio”, afirmou. A decisão de Abicalil contraria a vontade da senadora Serys Slhessarenko, que pretende manter-se no cargo.

Conforme noticiou o Olhar Direto, Serys decidiu radicalizar e ameaçou deixar a política caso seja impedida de disputar a reeleição. Com isso, os grupos liderados pelos dois representantes no Senado estão em “batalha” e dão consistência a um racha no partido.

Para Ananias, Serys é a pessoa mais indicada para a disputa. Ele citou ainda algumas obras realizadas com recursos de emendas indicadas pela senadora ao município, como asfaltamento dos bairros Pedra 90, Vila Olinda e Vila Mineira e a reforma da praça da Vila Birigui.

O republicano ressaltou ainda a emenda da senadora que está na dotação orçamentária deste ano do município e servirá para asfaltamento de bairros da região do Jardim Morumbi e Vila Rosali. “Foi a maior defensora das mulheres no estado de Mato Grosso e na gestão do Adilton (Sachetti) foi a parlamentar que mais trouxe benefícios”, pontuou.

Mais protesto

A vereadora Mariuva Valentin Chaves (PMDB) também protestou contra a decisão de Abicalil. “Acho um absurdo esta decisão que contraria os princípios éticos de um partido. Considero discriminação contra a ala feminina. Há tantos anos a mulher lutou para conquistar o pouco espaço de poder pelo Brasil. Atitudes como esta não podemos aceitar. Isso é mais um ato de discriminação contra a mulher”, afirmou a peemedebista em nota enviada à imprensa.

Ainda segundo a nota, Mariuva acredita que decisões consideradas arbitrárias como esta ferem os direitos conquistados pelas mulheres ao logo dos anos. “No Brasil e no mundo a mulher está cada vez mais respeitada e ganhando força e espaços igualitários. Prova recente foi a tomada de decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que assinou no final de janeiro de 2009, sua primeira lei, o histórico Ato Lilly Ledbetter, que promove igualdade de pagamento entre homens e mulheres. Isso sim foi uma atitude digna a favor das mulheres”, disse.
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