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Câmara do DF decide analisar na quinta-feira pedidos de impeachment contra Arruda

Folha Online

A Câmara Legislativa do Distrito Federal marcou para a próxima quinta-feira (18) a reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para examinar os pedidos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido).

Os distritais também anunciaram que vão recompor a CPI que investiga o suposto esquema de corrupção envolvendo a alta cúpula do governo local.

Caso os deputados aceitem os pedidos de impeachment na CCJ, estará aberto caminho para criação de comissão especial para apurar o caso. Segundo o deputado Batista das Cooperativas (PRP), da base de Arruda, é consenso entre os deputados a admissão dos pedidos de impeachment.

Cerca de 15 distritais estiveram reunidos na manhã de hoje para elaborar o plano de medidas, com o intuito claro que coibir a intervenção da União.

Na avaliação da base petista, é preciso mostrar serviço para que não seja justificável uma ação federal no Distrito Federal.

"A compreensão é que a omissão da Casa forçou o Judiciário a propor intervenção. Se os deputados continuassem omissos, aí sim justificaria a intervenção", afirmou o deputado Chico Leite (PT).

De acordo com o líder da bancada petista, Paulo Tadeu, a prisão preventiva do governador José Roberto Arruda amadureceu o debate entre os deputados e serviu para minar a base do governador na Casa.

"A prisão do governador ruiu a sustentação que o governo tinha aqui", disse.

Para o deputado Cabo Patrício (PT), não é suficiente a renúncia do governador. "É necessário que pelo menos os deputados filmados enquanto recebiam propina sejam afastados."

Processo

Cabe aos deputados na CCJ admitir ou não os pedidos de impeachment do governador. Depois, o processo vai para a comissão especial e segue para o plenário.

Em plenário, é discutida se é aberta ou não investigação. Uma vez aprovada a abertura de investigação, é montada uma comissão de deputados e desembargadores.

O secretário Alberto Fraga (Transportes), que participou da reunião com os distritais, confirmou que conversou com Arruda sobre a decisão da Câmara Legislativa de analisar os pedidos de impeachment na próxima semana.

Segundo Fraga, Arruda não mandou nenhum recado aos distritais. "Eu disse ao governador que a Câmara precisa dar uma resposta à sociedade e que pretende dar essa resposta na próxima quinta-feira. E essa pressão já era esperada", disse.
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