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Notícias / Ciência & Saúde

Alerta especial para o carnaval: proteja-se do vírus HPV

Da Redação - AM

Carnaval é época de festa e folia. Mas alguns cuidados devem ser tomados para que a diversão não acarrete futuros problemas de saúde. O uso de preservativos é importante não só para evitar a gravidez, mas também para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o vírus HPV (papilomavírus humano) é altamente infeccioso e um dos principais precursores de câncer de colo do útero – segunda causa de morte mais frequente de câncer entre as mulheres no Brasil. Ainda, segundo a instituição, aproximadamente 80% da população feminina mundial será infectada pelo menos uma vez na vida pelo HPV.

O HPV em mulheres pode ser assintomático ou provocar corrimento e prurido vaginal, fatores comuns a outras patologias. O aparecimento de verrugas, perceptíveis ou detectadas por um especialista, deve ser estudado e tratado, pois pode evoluir para lesões pré-cancerosas ou câncer de colo uterino. De acordo com a Dra. Sueli Raposo, ginecologista da DASA, que é representada em Mato Grosso pelas marcas Cedic/Cedilab, 20% dos casos confirmados de HPV evoluem para verrugas e, destes, 5% para câncer.

Na maioria das mulheres, a contaminação é eliminada antes que cause qualquer problema. Em algumas, no entanto, a infecção persiste. Os homens também podem adquirir o vírus e transmiti-lo, mas raramente correm o risco de que a infecção evolua para câncer. Uma vez adquirido, o vírus do HPV pode se “esconder” por meses e até anos. “Por isso, é importante fazer um teste específico, que determina se o paciente tem um ou mais tipos virais que possam evoluir para o câncer”, explica o Dr. Nelson Gaburo, coordenador do laboratório de biologia molecular da DASA.

O exame mais prescrito pelos médicos para verificar anormalidades celulares no colo do útero é o Papanicolaou. Com o objetivo de complementar o exame e gerar um diagnóstico completo, é feito o teste de captura híbrida, que analisa se a paciente está infectada por um ou mais dos principais tipos de HPV e, por meio de alta tecnologia em biologia molecular, contribui para a detecção precoce do câncer de colo do útero.

É recomendado que todas as mulheres a partir de 30 anos realizem exames de rotina. Essa é a faixa etária em que as lesões precursoras do câncer do colo do útero mais graves se desenvolvem, pois são geralmente por infecções persistentes por HPV. Abaixo dos 30 anos as infecções não costumam ser ativas por muito tempo.

No entanto, a melhor maneira de prevenção é evitar grande quantidade de parceiros e sempre usar preservativo. Também é aconselhável ter cuidado com roupas íntimas e banheiros, além de controles anuais com acompanhamento de um ginecologista. “É importante preservar a imunidade com boa alimentação, prática de exercício físico para aliviar o stress e evitar o consumo de cigarro”, acrescenta Dra. Sueli Raposo.

Quando os resultados dos exames estão alterados, o ginecologista deve indicar um tratamento específico, que dependerá do tipo, extensão e localização da lesão. Os métodos vão desde cauterização com ácido ou laser até cirurgias.

VACINA

A prevenção também deve ser feita com a vacina contra o HPV. Disponível no grupo DASA nas marcas Delboni Auriemo e Lavoisier, a vacina é tetravalente, ou seja, protege contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18), responsáveis por 90% das verrugas genitais em homens e mulheres (HPV 6 e 11) e 70% dos casos de câncer de colo uterino na mulher (HPV 16 e 18).

De acordo com estudos clínicos, a vacina é indicada para mulheres de 9 a 26 anos. A eficácia em outras faixas etárias e em homens está sendo estudada. A aplicação é feita em três doses, sendo a primeira na data escolhida e as demais com intervalos de dois e seis meses. As informações são da assessoria.
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