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Notícias / Agronegócios

IEA: preços agropecuários encerram janeiro em alta de 1,27%

AE

 Os preços recebidos pelos produtores rurais paulistas fecharam o mes de janeiro em alta de 1,27% e interromperam a sequência de cinco meses seguidos de variações negativas do indicador calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. A recuperação dos preços foi proporcionada pela alta de 1,89% no índice dos produtos de origem vegetal (IqPR-V). O índice dos produtos de origem animal (IqPR-A) apresentou queda de 0,27%.
Segundo o IEA, no acumulado dos últimos doze meses, o índice dos produtos agropecuários (IqPR) subiu 5,83%, sendo que para os produtos vegetais (IqPR-V) o aumento foi de 4,00%; e para os produtos de origem animal (IqPR-A) 9,75%. Os produtos que registraram altas no mês de janeiro, em comparação com o mês anterior foram: feijão (31,16%), batata (28,06%), milho (19,55%), laranja para mesa (4,78%) e soja (4,55%).

Os técnicos do IEA explicam que a alta nos preços dos grãos reflete a quebra de safras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, devido à estiagem. "No Paraná a maior quebra foi do feijão, que terá produção 38,6% menor que a esperada - o volume caiu de 610,4 mil toneladas para 375 mil. Para o milho, a redução chega a 31,5%, com colheita prevista agora em menos de 6 milhões de toneladas, ante as 8,7 milhões do início do plantio. Na soja, havia a estimativa de produção de 12,8 milhões de toneladas, mas a seca deverá resultar em perdas de 17%, para 10,2 milhões."

O levantamento do IEA mostra que os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no mês de janeiro foram tomate para mesa (35,66%), banana nanica (20,51%), carne suína (11,42%) e ovos (3,71%). "Os preços do tomate continuaram em queda, pois ocorreu um ajuste de mercado depois da grande alta verificada no mês de dezembro. Para a banana, a variação negativa no período reflete a grande oferta de frutas concorrentes nessa época do ano associada às férias escolares, o que reduz a demanda por essa fruta."

Os técnicos afirmam que a queda de preços da carne suína é influenciada pela retração do consumo, em relação ao período de festa do final do ano, comportamento típico nesta época do ano. "O encerramento de contratos de exportações sem que se tenham boas perspectivas de renovação, também podem estar contribuindo para redução das cotações. A expectativa é de retração das exportações e de redirecionamento da oferta ao mercado interno."
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