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Gastos com cartões corporativos vão ganhar mais transparência

ABr

O Ministério do Planejamento pretende colocar em operação até março próximo um aperfeiçoamento ao sistema de monitoramento de gastos de órgãos governamentais feitos por meio do cartão corporativo.

A notícia foi dada hoje (13) pelo ministro Paulo Bernardo, ao participar do lançamento da segunda fase do projeto BNDES Transparente, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, nesta capital.

O sistema de controle do cartão de pagamento já está implantado na 'internet'. Mas, o ministro Paulo Bernardo quer avançar na questão da transparência. Para isso, está desenvolvendo em conjunto com a Coordenadoria-Geral da União mecanismos de monitoramento dos saques com cartões de pagamento.

“Junto com a CGU, nós estamos fazendo um instrumento que vai obrigar que todos os gestores de órgãos públicos, ao fazerem saques com o cartão, na hora de prestar contas, terão que fazer o municiamento dos dados para o sistema. De maneira que nós vamos ter transparência completa dos recursos que foram sacados. Onde foram gastos, inclusive com número de nota fiscal, que tipo de compra foi feita, em que estabelecimento. Nós vamos avançar muito. Vamos radicalizar nessa transparência, de modo que não vai ficar nenhuma área de sombra”, afirmou.

O novo mecanismo será adotado por meio de portaria provisória, informou Paulo Bernardo. O objetivo é fazer com que todos os gestores prestem contas nesse sistema, que já está funcionando. Quem fizer um saque com o cartão vai ter que adicionar no sistema todas as operações que foram feitas.

“Quando você faz o saque, aparece no extrato. Quando alguém pesquisa na internet, aparece que alguém fez um saque. Mas, ninguém sabe o que foi feito com aquele dinheiro. Foi comprado um pen-drive? Uma tapioca? Ninguém sabe. Nós vamos colocar no sistema. Quem sacar vai ter que entrar no sistema e dizer o que eu comprei foi isso, isso e isso. Ficam todas as operações registradas, de modo que nós vamos ter uma transparência total nesse aspecto”, disse Paulo Bernardo.

O ministro do Planejamento lembrou que os dados referentes às compras efetuadas com o cartão já vão automaticamente para a internet. Ele revelou que outras mudanças estão sendo estudadas para melhorar ainda mais o sistema de cartões corporativos, mas, “talvez”, elas exijam a publicação de um decreto presidencial. Essa fase será complementar à que já se encontra em vigor.
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