Imprimir

Notícias / Economia

Premiê grego descarta pacote de resgate europeu

Terra

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, afirmou em entrevista à BBC neste domingo que seu país não espera um pacote de resgate econômico da União Europeia para ajudar no pagamento de suas dívidas.

Papandreou afirmou, porém, que a Grécia precisa de apoio político para conseguir empréstimos às mesmas taxas de juros que os demais países.

A Grécia tem um dos maiores déficits públicos da Europa e prometeu reduzir seu endividamento nos próximos três anos.

O governo grego planeja cortar o déficit público dos atuais 12,7% do PIB para 2,8%. A dívida pública grega já supera os 100% do PIB.

As dúvidas sobre a capacidade do governo grego conter o déficit vêm provocando temores entre os investidores de que o país não consiga honrar sua dívida, deixando o euro vulnerável e levando a instabilidades nos mercados financeiros internacionais nas últimas semanas.

Mudanças
Na entrevista à BBC, Papandreou disse que seu partido foi eleito no ano passado com uma promessa de mudanças, para as quais ele tem o apoio do povo grego.

"Deem-nos tempo, deem-nos apoio - e não estou falando sobre apoio financeiro, mas político - para mostrarmos que o que estamos falando está sendo implementado e que temos credibilidade novamente", afirmou.

"Não temos neste momento uma necessidade de endividamento. Nossas necessidades de empréstimos estão cobertas até o meio de março. O que estamos dizendo é simplesmente que precisamos de ajuda para que possamos tomas empréstimos às mesas taxas de juros que os outros países, não a taxas que prejudiquem nossa possibilidade de fazer as mudanças", disse o premiê.

Líderes europeus pediram na semana passada à Grécia que fizesse novos cortes de despesas e de salários do setor público para conter seu endividamento, sob a ameaça de sofrer sanções da União Europeia.

Papandreou disse que a Grécia está preparada para melhorar suas posições financeiras e que a atual situação é uma consequência das políticas do governo conservador no poder até outubro do ano passado.
Imprimir