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Kassab diz que decisão sobre sua cassação não afetará imagem de Serra na campanha
Folha Online
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse na manhã desta segunda-feira que o pedido de cassação de seu mandato não irá afetar a imagem do governador José Serra (PSDB) durante a provável campanha do tucano à Presidência da República.
"José Serra tem algo que poucos [políticos] têm no Brasil, uma biografia extensa, limpa, que mostrou ao longo de toda a sua vida pública muita seriedade, muita ética e muita competência", afirmou Kassab.
Ainda de acordo com o prefeito, Serra realizou grandes projetos em todos os cargos que ocupou e sua carreira "está desvinculada de qualquer ação de outra pessoa ou qualquer outro projeto na vida pública".
No entanto, Serra está apreensivo com os desdobramentos do pedido de cassação de seu aliado político com sua candidatura para presidente, segundo reportagem publicada hoje pela Folha disponível para assinantes do jornal e do UOL.
Embora concordem que Kassab não afrontou a lei, a controvérsia preocupa serristas por coincidir com um inferno astral experimentado pelo DEM e pelo prefeito.
Além da prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), as seguidas enchentes enfrentadas pela população paulistana provocaram desgaste na administração Kassab num momento em que Serra reúne coragem para trocar a hipótese de reeleição por uma disputa que promete ser difícil pela Presidência da República.
Fora isso, o próprio Serra reclamou pessoalmente com Kassab de duas medidas impopulares adotadas pela gestão: o reajuste do IPTU e das tarifas de ônibus. Segundo tucanos, Serra se queixa especialmente do fato de o anúncio ter sido previamente antecipado, "sangrando" por dias.
Na manhã de hoje, durante inauguração de uma unidade do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, Kassab disse que sua campanha foi correta e que confia na Justiça.
O prefeito ficou poucos minutos no local e falou rapidamente com a imprensa. Ele demonstrou tranquilidade em relação ao pedido de cassação e disse que só ficou aflito com a derrota do São Paulo ontem (21). O time enfrentou o Palmeiras durante um jogo do Campeonato Paulista.
Cassação
Na semana passada, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, cassou o mandato de Kassab e da vice-prefeita Alda Marco Antonio por recebimento de doações ilegais na campanha de 2008. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" desta terça-feira (23), quando passa a valer oficialmente a cassação.
O juiz também cassou o diploma de oito vereadores: Antonio Donato Madormo (PT), Arselino Roque Tatto (PT), Gilberto Tanos Natalini (PSDB), Italo Cardoso Araújo (PT), José Américo Ascêncio Dias (PT), José Police Neto (PSDB), Juliana Cardoso (PT) e Marco Aurélio de Almeida Cunha (DEM).
Os advogados do prefeito, que irão recorrer da decisão nesta segunda-feira, negaram irregularidades nas doações. "As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei --que é a mesma desde 1997-- e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."
"José Serra tem algo que poucos [políticos] têm no Brasil, uma biografia extensa, limpa, que mostrou ao longo de toda a sua vida pública muita seriedade, muita ética e muita competência", afirmou Kassab.
Ainda de acordo com o prefeito, Serra realizou grandes projetos em todos os cargos que ocupou e sua carreira "está desvinculada de qualquer ação de outra pessoa ou qualquer outro projeto na vida pública".
No entanto, Serra está apreensivo com os desdobramentos do pedido de cassação de seu aliado político com sua candidatura para presidente, segundo reportagem publicada hoje pela Folha disponível para assinantes do jornal e do UOL.
Embora concordem que Kassab não afrontou a lei, a controvérsia preocupa serristas por coincidir com um inferno astral experimentado pelo DEM e pelo prefeito.
Além da prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), as seguidas enchentes enfrentadas pela população paulistana provocaram desgaste na administração Kassab num momento em que Serra reúne coragem para trocar a hipótese de reeleição por uma disputa que promete ser difícil pela Presidência da República.
Fora isso, o próprio Serra reclamou pessoalmente com Kassab de duas medidas impopulares adotadas pela gestão: o reajuste do IPTU e das tarifas de ônibus. Segundo tucanos, Serra se queixa especialmente do fato de o anúncio ter sido previamente antecipado, "sangrando" por dias.
Na manhã de hoje, durante inauguração de uma unidade do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, Kassab disse que sua campanha foi correta e que confia na Justiça.
O prefeito ficou poucos minutos no local e falou rapidamente com a imprensa. Ele demonstrou tranquilidade em relação ao pedido de cassação e disse que só ficou aflito com a derrota do São Paulo ontem (21). O time enfrentou o Palmeiras durante um jogo do Campeonato Paulista.
Cassação
Na semana passada, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, cassou o mandato de Kassab e da vice-prefeita Alda Marco Antonio por recebimento de doações ilegais na campanha de 2008. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" desta terça-feira (23), quando passa a valer oficialmente a cassação.
O juiz também cassou o diploma de oito vereadores: Antonio Donato Madormo (PT), Arselino Roque Tatto (PT), Gilberto Tanos Natalini (PSDB), Italo Cardoso Araújo (PT), José Américo Ascêncio Dias (PT), José Police Neto (PSDB), Juliana Cardoso (PT) e Marco Aurélio de Almeida Cunha (DEM).
Os advogados do prefeito, que irão recorrer da decisão nesta segunda-feira, negaram irregularidades nas doações. "As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei --que é a mesma desde 1997-- e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."