A senadora Serys Slhessarenko subiu a tribuna do Senado para fazer uma alerta sobre os efeitos cada vez mais devastadores causados pelo chamado ‘aquecimento global’. Ela destacou o protagonismo do Brasil na Conferência Global da COP 15, em Copenhague, onde o País apresentou uma série de sugestões na busca de soluções para enfrentar as mudanças climáticas.

De acordo com a senadora, apesar da expressiva redução de 50% do desmatamento na Amazônia em 2009, quando comparado a 2008, a expansão econômica mundial e a emissão de poluentes na atmosfera e nas águas, nos lençóis freáticos e em todo o globo, potencializam o espectro de destruição.

Serys afirmou que o Brasil é visto como a “vanguarda” na proteção ambiental principalmente porque apresenta possibilidades de crescimento econômico sustentadas por uma matriz energética limpa e renovável.

Segundo a senadora, estudos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) sobre os biocombustíveis mostram que a cana-de-açúcar é até 15 vezes mais eficiente que o milho na produção desse tipo de energia, sendo que pelo menos 50 países já almejam essa tecnologia brasileira de produção de etanol.

A parlamentar lamenta, no entanto, a falta de acordo entre os países que participaram da cúpula das mudanças climáticas e o não estabelecimento de compromissos por parte dos países desenvolvidos para redução das emissões de CO2 na atmosfera.

“Apesar das dificuldades de se obter um acordo, ficou constatado que os maiores poluidores do planeta não puderam sustentar a retórica falaciosa do aquecimento global como ciclo natural. Assim, o Brasil continua reafirmando compromissos de redução das emissões de CO2 e eliminação do desmatamento, além do constante aperfeiçoamento da nossa matriz energética. Isso tudo acrescido do enfoque no desenvolvimento sustentável e na segurança alimentar”, finalizou.