O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta quinta-feira que se a candidatura da ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) tiver densidade, ela não irá precisar de uma licença de dois meses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ele tem todo direito de fazer e a legislação permite. E cabe à população brasileira julgar. Acho apenas que um candidato com densidade na disputa presidencial talvez não precise de tamanho esforço", afirmou o governador, durante inauguração da nova sede administrativa do governo mineiro.

Segundo o jornal "O Globo", Lula pretende se licenciar do cargo nos meses de agosto e setembro para participar ativamente da campanha. Nesta quinta-feira, o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza (PT-SP), negou que Lula tenha essa intenção.

Aécio voltou a negar que pretende ser o vice da chapa do governador José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais deste ano. "Estou ficando efetivamente rouco de tanto dizer. Não cogito esta hipótese", afirmou.

Durante o discurso, o governador indicou sua preferência pela disputa regional. "Minas é minha causa, minha casa, meu chão. Minas é minha pátria", disse durante inauguração da nova sede administrativa do governo mineiro. Em resposta, o público gritou "Aécio presidente".

No entanto, Aécio mostrou que pode ainda mudar de posição. "Se alguém me convencer, em um determinado momento, do contrário, obviamente tenho que avaliar", afirmou sobre a pressão para ser vice de Serra.

O governador disse que irá participar ativamente da campanha de Serra. "No momento que ele assumir a sua candidatura, eu serei o primeiro a estar ao seu lado. Mas tenho dito e reitero, o meu papel é como candidato em Minas Gerais, provavelmente ao Senado", disse.