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Vendedor de trufas consegue bolsa e vai cursar relações públicas; veja opções

G1


 O vendedor de trufas Domingos dos Santos tentou durante anos obter uma bolsa de estudos para realizar o sonho de fazer curso superior. Buscou o Programa Universidade para Todos (ProUni), mas não conseguiu; os financiamentos disponíveis no mercado não cabiam no bolso. Finalmente, neste ano, ganhou uma bolsa na universidade onde foi aprovado e vai cursar relações públicas.

Outro exemplo de quem buscou ajuda fora do ProUni, do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e das linhas de crédito oferecidas por bancos tradicionais, e vai começar a faculdade, é o do estudante Leonardo Freitas. Atualmente operador de máquinas, ele quer ser piloto de avião.

Entre as alternativas existentes no mercado, muitas universidades têm programas próprios de benefícios, lembra o especialista em ensino superior, Carlos Monteiro. Domingos foi contemplado com bolsa de 100% por meio de um convênio existente entre o cursinho pré-vestibular e a faculdade onde foi aprovado.

Ele se preparou para o processo seletivo na Uneafro, entidade que mantém cursinhos populares. Nesse caso, a bolsa foi ganha, então ele não precisará devolver o dinheiro após a formatura. “É feito um levantamento do perfil socioeconômico dos interessados. O desempenho do aluno nos estudos, durante o curso pré-vestibular, também é considerado para que o benefício seja concedido”, diz.

“Entre as opções de financiamento que acredito oferecerem condições interessantes estão as do Instituto Educar, Ideal Invest e Fundação Aplub”, acrescenta Carlos Monteiro. O Instituto Educar, com sede na Bahia, e a Fundação Aplub, no Rio Grande do Sul, prestam serviços a universidades na área de administração de carteiras de crédito estudantil. Os recursos vêm das próprias instituições e a parte financiada será devolvida pelo aluno em prazo a depender do contrato firmado, sem cobrança de juros. Antes de optar por uma, vale a dica de estudar bem as condições oferecidas.

“A instituição de ensino abre mão de receber 100% da mensalidade em quatro anos para obter a receita proveniente do curso em oito”, explica Andréia Torres, diretora executiva do Instituto Educar. Embora tenha sede na Bahia, a companhia presta serviços para 70 universidades espalhadas pelo país.

O interessado deve acessar o site www.institutoeducar.com.br e fazer a inscrição para participar do processo de seleção. Também nesse endereço é possível consultar a listagem das instituições que oferecem o benefício. O instituto trabalha principalmente o preenchimento de vagas remanescentes.

Andréia informa, ainda, que é possível financiar 50% da mensalidade. Segundo ela, não incidem juros, mas há correção feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nas parcelas pagas após a formatura.

De forma similar trabalha a Fundação Aplub de Crédito Educativo, que administra programas de 26 instituições. De acordo com Energita Cauduro, gerente da fundação, são feitos financiamentos de até 50%, semestrais ou anuais, e a devolução é feita no mesmo período de utiização do crédito. Há correção dos valores contratados por meio dos mesmos índices que atualizam as mensalidades da universidade escolhida, além disso, a Fundaplub cobra taxa média de 0,25% ao mês durante todo o período que vigorar o contrato.

As inscrições devem ser feitas, no caso da Fundação, diretamente nas faculdades. Informações podem ser obtidas por meio dos telefones (51) 3027-2657/2658.

Financiamento semestral

Leonardo Freitas recorreu à Ideal Invest. A companhia utiliza recursos de fundos de investimentos. “Soube dessa alternativa na própria faculdade que escolhi. Já no segundo semestre do ano passado comecei a pesquisar opções de crédito”. Ele vai cursar aviação civil. “Sem ajuda, não poderia estudar. A mensalidade é alta, vale R$ 1.034. Eu vou arcar com R$ 538 mensais. Vou pagar em mais tempo, mas esse valor consigo desembolsar".

A empresa tem 180 instituições de ensino parceiras em todo o país, os contratos são semestrais e é financiado 100% do valor da mensalidade, mesmo que o aluno tenha desconto na faculdade. Cada mensalidade é dividida em duas parcelas, então, seis meses serão pagos em 12. A exceção é o semestre da primeira contratação, quando são financiadas cinco parcelas e a matrícula deverá ser paga à instituição de ensino.

Como há prazos de carência em cada refinanciamento, as parcelas não se acumulam, diz Carlos Furlan, executivo da companhia. Por exemplo: considerando que a primeira negociação ocorra entre fevereiro e junho, esse semestre será pago em parcelas mensais entre fevereiro e novembro. Se o aluno fechar mais um contrato, correspondente ao semestre seguinte, pagará a primeira parcela deste segundo contrato somente a partir de dezembro.

Há cobrança de juros, que fica diluída nas mensalidades. De forma geral, a partir do 2º semestre financiado, as taxas dos contratos são de no máximo 2,59% ao mês, podendo chegar a 1,69% ao mês.

Para mais informações, incluindo o perfil de quem pode participar, deve-se acessar www.creditopravaler.com.br. Pelo telefone, é possível recorrer ao 0800 774 8777.
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