Um servidor do setor de Tecnologia e Informação (TI) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foi surpreendido clonando informações de computadores do Sistema de Distribuição do Poder Judiciário, na última semana, em Cuiabá. Uma investigação interna está apurando o fato. O processo corre em sigilo, a identidade do servidor não foi revelada.

O Sistema de Distribuição do TJ é alvo de investigação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Ministério Público Federal (MPF) por suposto esquema corretagem e venda de sentença, envolvendo parentes de magistrados daquela Corte.

A denúncia é decorrência da auditoria Velloso & Bertolini, contratada na gestão dos desembargadores Paulo Inácio Dias Lessa (presidente) e Orlando Perri (corregedor). A investigação comprovara que o Sistema era vulnerável e apresentava diversas falhas, o que teria resultado em fraudes na distribuição processual.

Em síntese, o sistema era burlado para que certos processos fossem distribuídos para determinados magistrados. A suposição é de que tudo era pré-acordado entre funcionários do Tribunal, parentes de magistrados e até juízes e desembargadores.

Antes da conclusão da auditoria que revelou o suposto esquema, o Olhar Direto já havia encaminhado ao Ministério Público Federal de Mato Grosso, por meio do procurador Mauro Lúcio Avelar, denúncia similar respaldada em informações de bastidores de advogados mato-grossenses, magistrados de Primeira Entrância e desembargadores.

No STJ, a investigação está sendo conduzida, em caráter sigiloso, pelo ministro Luiz Otávio Noronha.

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Atualizada às 12h14