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Braço direito de Dilma deve assumir Casa Civil

R7

Erenice Guerra teve seu nome envolvido em duas polêmicas no governo Lula
Apesar das polêmicas que cercaram seu nome, a secretária-executiva da Casa-Civil, Erenice Guerra, deve assumir a Casa Civil quando a atual chefe da pasta, a ministra Dilma Rousseff, deixar o cargo no final de março para se dedicar à campanha presidencial deste ano.

O R7 apurou que Erenice foi uma sugestão da própria Dilma. Elas se conheceram ainda no começo do governo Lula, quando a hoje secretária-executiva trabalhava na assessoria do PT na Câmara dos Deputados. Foi Dilma quem a levou para a Casa Civil assim como a indicou para um cargo no ministério de Minas e Energia, quando a pré-candidata petista comandou a pasta, de 2003 a 2005.

Braço direito de Dilma, Erenice teve seu nome associado a dois escândalos. A primeira bomba caiu em seu colo em março de 2008, quando ela foi acusada de montar um suposto dossiê com os detalhes dos gastos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e sua mulher Ruth Cardoso fizeram com seus cartões corporativos na época em que os tucanos mandavam no Palácio do Planalto.

Em maio do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou a ação ao aceitar o argumento do governo, segundo o qual não se tratava de um dossiê para ser usado politicamente contra o PSDB, mas apenas um “banco de dados” com informações sobre o assunto.

Uma outra polêmica tirou o sono de Erenice no ano passado. Ela foi apontada pela ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira como a pessoa que agendou uma reunião com Dilma para, supostamente, ouvir da ministra um pedido para que ela favorecesse o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em um processo envolvendo o fisco. Foi o início de uma polêmica que quase custou a cabeça de Sarney. Erenice também nega essa acusação.

Mesmo com as polêmicas, o governo vai assumir o risco de apostar em seu nome, mas vai entregar a principal vitrine do governo, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para Miriam Belchior – na Casa Civil graças à indicação do antecessor de Dilma, José Dirceu.

Miriam foi casada com o ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel por dez anos, mas já estavam separados quando o líder petista foi assassinado, em 2002. Na Prefeitura de Santo André, Miriam comandou as secretarias de Habitação, Inclusão Social e Administração.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Casa Civil disse que não conhece o nome que vai substituir Dilma porque a indicação de ministro é feita pelo presidente da República.

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