A décima edição do Big Brother Brasil está se aproximando de seu final e, até o momento, não há um claro favorito a ser o vencedor do prêmio de um milhão e meio de reais. E é isto que comemora o diretor José Bonifácio Sobrinho, o Boninho, que comanda o reality show desde sua primeira temporada, em 2002. Para ele, a escolha dos participantes foi acertada e edições como a de 2007, quando o grupo de Diego Alemão era considerado o bonzinho e todos torciam para ele, são chatas.

Em entrevista para a Folha de São Paulo publicada neste domingo, Boninho afasta a teoria de que a entrada de três homossexuais assumidos na casa (Angélica, Dicesar e Sérgio) tenha como motivo a discussão do preconceito. A intenção, segundo ele, é totalmente diferente: trata-se de como as pessoas se relacionam umas com as outras

- Big Brother não é cultura, não é um programa que propõe debates. É um jogo cruel, em que o público decide quem sai.

Boninho classifica a décima edição como o BBB da porrada, do jogo, onde todos estão claramente jogando – cada um de sua maneira - interessados no prêmio final. Segundo ele, não há o grupo do bem e do mal, como costuma acontecer neste tipo de reality show. E, se depender dele e da produção do programa, a briga pelo dinheiro será ainda mais acirrada nesta reta final.

- A gente quer sempre provocar o pior neles, nunca o melhor. A gente não quer que todo mundo se abrace e diga que se ama. Isso, para mim, seria o pior. A tendência do jogo é fazer com que eles briguem, que lutem pelo dinheiro. Quando alguém é péssimo para o público, ele é maravilhoso para a gente. O Big Brother, para a minha equipe de seleção, não é um jogo de experiência científica, é só um jogo. Não nos afeta, não nos chama a atenção a hora em que o cara fica acuado ou fica psicologicamente afetado por alguma coisa e pode virar um monstro. Não estamos preocupados com conceitos psicológico, mas, sim, com os relacionamentos e com a brincadeira que é proposta.

Pensa que todos os eliminados do reality se tornam grande amigos de Boninho? Está muito enganado.

- Tem alguns que me ligam, de quem sou amigo. Mas digo sempre: quando vejo um big brother, atravesso a rua. Não é maldade. Mas é que não me apego. Eu os encaro como peças de um produto, de um jogo. Fico o tempo todo pensando em que provas posso fazer para incomodar alguém. Esse tipo de trabalho dá uma distância e eu acabo não torcendo para ninguém.

O diretor confirmou que, até terça-feira da semana que vem (dia 30), os paredões serão seguidos. Ou seja, acontecem no domingo e na terça. Outra confirmação é de que os participantes da próxima edição devem vir de todas as regiões brasileiras. A produção pode até fazer um confinamento prévio dos candidados em suas localidades para, depois, selecionar os finalistas.

Ah, Tessalia pode não comparecer à festa final do programa, que terá show de Ivete Sangalo. O motivo seria o comportamento da ex-sister desde sua eliminação, quando ela promovia chats e imagens ao vivo, ignorando o contrato de exclusividade assinado com a emissora, além também de promover sites que furam o pay per view do reality show.