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Notícias / Educação

UFMT ainda dificulta estágio mesmo após trinta anos do fim da proibição

Da Redação - Priscilla Vilela

O estágio de jornalismo continua gerando polêmica. Após trinta anos da proibição de estágio pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas), a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) ainda mantém o cuidado em liberar alunos para a prática da futura profissão.

A cautela deve-se a TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinada entre a instituição e o sindicado dos jornalistas ainda em 2007. No termo, há prescrição de que os estudantes somente devem ser encaminhados às práticas da profissão a partir do 6º semestre, um ano antes da conclusão do curso.

Em contrapartida, as faculdades particulares do estado liberam seus alunos desde o 1º semestre. Entretanto, a medida adotada pela UFMT atua como zelo da instituição com os estudantes, preparando o aluno tecnicamente para a experiência de estágio.

Na opinião da estudante de jornalismo do 5º semestre da UFMT, Bruna Prates, a medida dificulta a entrada no mercado de trabalho. “Nosso trabalho é mais prática e sem praticar nós saímos perdendo em relação aos outros”, ressalta.

De acordo com o consultor do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), Emerson Redez, o estágio é importante para qualquer curso. “Sem experiência é difícil de haver contratação”, pontua. Em sua análise, Redez afirma que no período de estágio é importante que haja rotatividade entre os empregos. “Recomenda-se um maior número de experiências para que o estudante sinta o ramo que mais lhe interessa”.

A lei 11788/2008 apenas delimita os limites em que às empresas podem explorar profissionalmente os estudantes. Diante disso, as instituições que fazem a contratação de estagiários para as empresas da mídia, são subordinadas as decisões de cada universidade. “A decisão da universidade é soberana”, afirma o consultor do CIEE.
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