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Notícias / Economia

Operadora de telefonia KPN diz que crise acelera suas vendas

Terra

A recessão na Espanha está ajudando o grupo holandês de telecomunicações KPN a expandir duas marcas de baixo custo no país apesar das dificuldades regulatórias para novas operadoras, disse a companhia holandesa nesta sexta-feira. 

"A crise está ajudando", disse o presidente-executivo da KPN para a Espanha Miguel Angel Suarez, em uma entrevista à Reuters nos escritórios da companhia em Madri. "As vendas se aceleraram ao longo do ano".

O crescimento do número de clientes dos serviços de telefonia móvel que a KPN oferece através da infraestrutura da empresa francesa Orange foi maior que o de qualquer outra operadora móvel virtual, nome que designa as operadoras de celular que não têm rede própria e, por isso, alugam de terceiros, como a KPN.

No final do mês passado, a empresa disse que seu número de clientes era superior a 150 mil no final de dezembro, um ano depois do lançamento dos serviços na Espanha.

A KPN iniciou seu primeiro empreendimento na Espanha, a Simyo, 13 meses atrás, com vendas através da Internet em vez de em pontos de venda tradicionais e usando a infraestrutura da Orange.

Na medida em que a crise se aprofundou, em outubro ela lançou a operadora de baixo custo alemã Blau no mercado espanhol, que é dominado pela Movistar, da Telefónica.

Suarez informou a expectativa de que as operadoras virtuais conquistem mais de 10 por cento do mercado de celulares da espanha em poucos anos.

"Em outros países europeus, operadoras virtuais alcançaram uma participação de mercado entre 10 e 12 por cento e é nessa média que baseamos nossa expectativa", disse Suarez. O percentual será equivalente a 4 milhões de assinantes na Espanha.

Como todas as operadoras desse tipo, a KPN enfrentou acirrada disputa com as três líderes do mercado espanhol: Movistar, Vodafone e Orange, que pertence à France Telecom.

As pouco mais de 12 operadoras virtuais da Espanha tinham algo como 900 mil clientes no final de dezembro, o equivalente a 1,8 por cento do mercado total, segundo o órgão regulador local.
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