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Ex-juiz condena decisão do CNJ em aposentar Lima

De Brasília - Marcos Coutinho

Ex-juiz e agora advogado em Mato Grosso, Paulo Tadeu Haendchen, contratado para a defesa do desembargador Jurandir José de Lima, aposentado compulsoriamente na manhã desta terça-feira (23) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por unanimidade, condenou a decisão dos conselheiros e afirmou que vai recorrer da decisão.

Mesmo tendo suas teses (bagatela e inconstitucionalidade) refutadadas, Haedchen sustenta que o CNJ não tem competência para julgar o caso de seu cliente e promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para repor o ordenamento jurídico e rever a sentença contra Jurandir de Lima, acusado de nepotismo.

"Vou recorrer ao Supremo com a medida necessária porque é mais do que clara a incompetência do Conselho Nacional de Justiça em julgar um caso como este, envolvendo um desembargador", declarou Haendchen, em entrevista para o Olhar Direto. No julgamento, o ex-juiz mato-grossense apelou para que Lima não fosse condenado à aposentadoria compulsória porque em 33 anos essa foi a primeira denúncia contra o desembargador.

Mas de nada valeram os apelos, porque os conselheiros consideraram a iniciativa de Lima como imoral e de agredir princípios basilares constitucionais. Jurandir de Lima contratou, via atos de outros desembargadores, dois de seus filhos para trabalhar em seu gabinete, embora de forma descabida e imcompatível.

Bráulio Lima, já falecido, foi contratado como motorista e como segurança embora cursasse medicina na Unic em tempo integral. Já Tássia de Lima, contratada para ser digitadora, cursava Publicidade e Propaganda em São Paulo.

Para um conselheiro, além de nepotismo, a "imoralidade" também reside no fato de os filhos do magistrado não terem ido trabalhar, mesmo recebendo salários consideráveis.

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