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Suplicy quer medir força com Mercadante antes de PT escolher candidato de SP

Folha Online

Na tentativa de convencer o PT a apoiar o seu nome ao governo de São Paulo, o senador Eduardo Suplicy (PT) defende que o partido realize pesquisa de intenção de voto no Estado antes de optar pelo senador Aloizio Mercadante (PT) como candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Mesmo se mostrando contrário à realização de prévias no partido para a escolha do candidato, Suplicy disse que o partido deve levar em conta as chances de cada um antes de escolher quem vai disputar o governo do Estado.

"Se o Aloizio estiver melhor do que eu ou equivalente a mim, não terei problema em apoiá-lo. Se a pesquisa mostrar que estou melhor, seria interessante poder examinar isso, mas estou aberto ao diálogo", afirmou à Folha Online.

Suplicy foi chamado para uma conversa na próxima segunda-feira com o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, para discutir as eleições no Estado. O partido pressiona o senador a desistir da sua pré-candidatura, já que Mercadante tem o apoio da cúpula da legenda para ser candidato --incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Suplicy, por sua vez, disse que não pode ignorar a militância favorável à sua candidatura, por isso afirmou que vai analisar a conjuntura eleitoral antes de uma eventual desistência. Mas declarou não estar disposto a provocar prévias depois que o PT recomendou a unidade da legenda.

"Não vou forçar a prévia porque o partido solicitou que não haja prévia. Mas eu acho necessário um diálogo de bom senso que leve à unidade. Eu quero colaborar para um entendimento", afirmou.

O senador disse que, entre as questões que podem influenciar na sua decisão, está a disposição de Mercadante e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, em implementar a transição do programa Bolsa Família para a renda básica de cidadania --principal bandeira de Suplicy.

"Se não for eu, é muito importante saber quem vai levar esse objetivo em consideração. Se o Mercadante e a Dilma abraçarem essa causa com todo o fervor, eu vou levar isto em conta", afirmou.

Manifesto

Simpatizantes da candidatura de Suplicy entregaram ontem ao comando do PT-SP um manifesto em apoio ao nome do petista. O senador reuniu mais de 3.000 assinaturas de filiados favoráveis à sua candidatura com o argumento de que, pelo estatuto do partido, cada pré-candidato precisa reunir um por cento das assinaturas dos 297 mil filiados no Estado --por isso afirma que cumpriu exigência prevista nas regras da legenda.

Intitulado de "Queremos um governo do PT, queremos Suplicy governador", o manifesto afirma que o partido deve ter candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes, optando pelo senador petista.
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