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Miguel Jorge alerta para chegada do protecionismo com a crise internacional

ABr

 O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje (9) que o aumento do protecionismo será mais um dos problemas que a crise internacional trará para a economia brasileira. Miguel Jorge alertou para possíveis dificuldades no comércio internacional e disse que o governo está atento para tomar medidas, caso seja necessário.

"Temos que nos preocupar com o protecionismo, que virá, com certeza”, disse o ministro, em discurso na sede da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), em São Paulo. “De forma mais o menos velada, os países vão tentar proteger suas economias contra a queda das exportações causada pela crise internacional.”

Segundo o ministro, alguns países, como os Estados Unidos, chegaram a anunciar planos de estímulo à economia que incluíam medidas para dificultar a entrada de importados, porém voltaram atrás após repercussão mundial negativa. Contudo, ele afirmou que o Brasil tem que ficar muito atento quanto a novas investidas protecionistas que devem surgir.

Miguel Jorge afirmou que, caso o país se sinta prejudicado, deve procurar seus direitos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele descartou, entretanto, pelo menos neste momento, aumento de impostos de importados, até porque isso precisaria ser feito de forma coordenada com outros países membros do Mercosul.

Em entrevista coletiva, o ministro disse ainda que a abertura de novos mercados é uma das principais alternativas contra a desaceleração do comércio mundial. Países da região norte da África, por exemplo, são alguns dos focos de ações do ministério.

O presidente da Abef, Francisco Turra, ratificou a importância da abertura de novos mercados. Em documento entregue hoje, a associação sugeriu ao ministro a criação de uma força-tarefa com técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de outras pastas, para agilizar a resolução de pendências que impendem as exportações nacionais foi um das sugestões feitas pela entidade ao ministro, em documento entregue também hoje.

De acordo com Turra, a China, a Índia e o México são alguns dos potenciais consumidores do frango brasileiro e devem receber atenção especial do Ministério do Desenvolvimento. Mesmo com a crise, o setor conta com o aumento das exportações e espera expandir sua produção em 5% neste ano.
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