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Dilma diz que gás natural é prioridade em agenda bilateral com Bolívia
EFE
A candidata do PT à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff, confirmou a decisão do Brasil de ampliar as relações com a Bolívia para além do tema energético, mas reconheceu que o gás natural é prioridade na agenda bilateral, segundo declarações publicadas nesta terça-feira pelo "La Razón".
Em entrevista ao jornal, Dilma assegurou que, se for eleita em outubro, continuará aprofundando e ampliando as relações com a Bolívia.
"As relações bilaterais são amplas e queremos ir muito além do gás. Reconheço, no entanto, que o gás, atualmente, é tema prioritário em nossa agenda bilateral, o que não deixa de ser algo natural, tanto para a Bolívia, como grande produtor, quanto para o Brasil, como o principal comprador", disse.
A ex-ministra acrescentou que a aceleração dos atuais esforços para ampliar a agenda bilateral é um desafio que deve ser encarado pelos Governos dos dois países.
Dilma destacou que a visita do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, hoje a La Paz "é um importante passo nessa direção", pois o diálogo incluirá temas como modernização agrícola, alguns projetos de mineração e a construção de infraestrutura elétrica e viária, além do tema do gás natural.
"Interpreto que todo esse esforço comum segue a direção que agora o Governo do presidente [Evo] Morales imprime a favor da agregação de valor 'in loco' das riquezas em matérias-primas que a Bolívia dispõe", acrescentou.
Gasbol
Dilma ratificou que a Petrobras prevê ampliar seus investimentos na Bolívia para aumentar a produção de gás natural nos campos em que opera, além da capacidade do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que transporta o gás para o Brasil.
"O Brasil não busca a autossuficiência energética absoluta. Estamos convencidos de que a forma mais eficiente e duradoura para garantir energia previsível a bom preço é a diversificação da matriz energética. Um elemento crucial é a integração energética em nível continental", disse