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Motoristas de ônibus do DF acumulam R$ 29 milhões em multas

G1

De acordo com o DFTRANS, de 2003 até hoje, as empresas de ônibus do Distrito Federal acumulam uma dívida de R$ 29 milhões em multas. Disso tudo, até hoje, foram pagos apenas R$ 3.780.

De 5.960 motoristas cadastrados no Detran/DF, 155 tem 20 ou mais pontos na carteira até dezembro de 2009. No ranking dos campeões em infrações, 24 motoristas têm 40 pontos ou mais. 18 deles estão em plena atividade. A estimativa do DFTRANS é de que essa lista seja bem maior. Isso porque, ainda não recebeu as informações sobre todos os motoristas.

O 1º lugar chegou a 195 pontos. Por sorte dos passageiros, ele está fora do sistema. O 2º e o 3º lugares também. O 4º é de um motorista de ônibus para fretamento: tem 95 pontos. Em 5º, um motorista da empresa Viplan, com 90. Em 7º, um motorista da Cootransp, com 72 pontos. Também aparecem na lista, motoristas das empresas Coopertran, Rápido Brasília, MCS de microônibus, São José e Viva Brasília.

“Um motorista desse que tenha 40 pontos, 50 pontos, provavelmente ele infringiu várias regras de trânsito e está sendo penalizado por conta disso e, mesmo assim, continua transportando passageiro. Ou seja, um motorista comum, veículo particular se for parado numa blitz do Detran ou da PM, se tiver com mais de 20 pontos, imediatamente ele tem a habilitação retida e pode ser suspenso o direito dele de dirigir”, disse Ricardo Leite de Assis, fiscal do DFTRANS.

As empresas Cootransp, Coopertran e MCS fazem parte da Associação das Cooperativas de Transporte do DF. A associação vai fazer um levantamento e tomar as medidas necessárias para corrigir o problema. As empresas Viplan, Rápido Brasília, São José e Viva Brasília disseram que quem fala sobre o assunto é o Sindicato das Empresas de Transporte do DF. Por telefone, a assessoria informou que o sindicato não vai se manifestar.

Caso no DF
A Justiça do Distrito Federal decidiu cancelar o indiciamento das donas da viação Planeta. Elas respondiam por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, depois do acidente, com um ônibus no dia 04 de fevereiro de 2009, próximo ao balão do aeroporto, que deixou duas vítimas fatais e pelo menos 22 feridos.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, o ônibus vinha pela pista do meio a 80 km por hora. A velocidade máxima da via é de 60 km por hora. Na curva houve uma freada brusca. O ônibus derrapou, caiu na pista e se arrastou por 15 metros até bater na parede do viaduto.

Segundo os peritos, a direção, os freios e equipamentos de sinalização estavam em perfeitas condições. O motorista do ônibus tinha 23 pontos na carteira.

As donas da Viação Planeta, Auristela Constantino Alves e Cristiane Constantino Foresti foram indiciadas por homicídio doloso, quando há intenção de matar. As duas teriam sido omissas por permitirem que o motorista continuasse dirigindo.

Os advogados de defesa pediram a suspensão da ação e o cancelamento do indiciamento das duas. No dia 13 de novembro saiu a decisão. O juiz Fábio Francisco Esteves manteve a ação, mas cancelou o indiciamento por falta de provas. O juiz pediu o aprofundamento das investigações. Até agora espera respostas da polícia.
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