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Empresário usa nome de morto como fiador e é preso em SP

G1

A Polícia Civil prendeu em flagrante na tarde de quinta-feira (8), em Santana, na Zona Norte de São Paulo, dois empresários, um advogado e um vendedor autônomo suspeitos de usar documentos de um homem morto para fechar um negócio.

Segundo a polícia, o idealizador do esquema foi um empresário de 38 anos. Dono de uma rede de postos de combustíveis, ele pretendia renovar o contrato de um estabelecimento na Avenida Rudge, na região da Barra Funda, Zona Oeste. A falta de liquidez de seus negócios, porém, atrapalhava a renovação; por isso, ele decidiu usar o nome de um homem morto há 18 anos como fiador.

Um advogado de 52 anos assumiu o papel do morto. No contrato ficava acertado que a garantia de pagamento seria um imóvel em Santa Cecília. “Justamente uma casa que pertenceu ao morto”, disse o delegado José Roberto de Arruda, titular Delegacia de Repressão a Crimes Contra Fé Pública do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).

O dono do posto, o advogado, outro empresário de 39 anos e um vendedor autônomo de 48 anos foram até um escritório de advocacia para assinar o contrato. O segundo empresário e o vendedor seriam as testemunhas.

O esquema foi descoberto pelo advogado do proprietário do imóvel na Avenida Rudge. Ele reconheceu o nome do fiador, pois, coincidentemente, foi o responsável pelo inventário do morto. Ele ligou para a Polícia Civil e os quatro envolvidos foram presos. Os suspeitos foram autuados por falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha.
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