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Sem susto, sem zebra, com Walter: Inter derrota o Ypiranga e é finalista do returno

G1

O Inter viu a obrigação de conquistar a Taça Fábio Koff, o returno do Campeonato Gaúcho, dobrar de tamanho com a eliminação do Grêmio e não sentiu o peso. Neste sábado, no Beira-Rio, o Colorado derrotou o Ypiranga, de Erechim, com um 2 a 0 fácil e tranquilo. Walter foi o artilheiro da noite. Sem sustos, sem zebra, com vaga na final. No próximo dia 18, domingo, a equipe de Jorge Fossati vai brigar pelo direito de ir à decisão do título contra o Tricolor, campeão da Taça Fernando Carvalho (nos dias 25 de abril e 2 de maio). O adversário que poderá impedir o Gre-Nal será conhecido neste domingo. São José POA e Pelotas se enfrentam no Passo D’Areia, em Porto Alegre, às 16h.

Com a classificação no Estadual, o Inter vai viajar tranquilo ao Equador. Na próxima quarta-feira, o assunto é Libertadores da América. Contra o Emelec, em Guayaquil, o time vermelho defende a liderança do Grupo 5.

Colorados festejam um dos gols de Walter Nem parecia jogo importante. Muito menos que daria ao vencedor um lugar na decisão do segundo turno. Chato, monótono, sem graça. Os primeiros 15 minutos do confronto foram de dar sono, com o Colorado lento, e o Ypiranga cheio de dedos, respeitoso demais.

Se alguém precisava dar sinal de vida, que a preferência fosse dos donos da casa. Empolgados com os golaços que fizeram no meio de semana, contra o Novo Hamburgo, Alecsandro e Walter recorreram novamente aos chutes de longe. O camisa 9 esquentou a mão do goleiro Marcelo Pitol, enquanto o garoto, de 20 anos e pé pesado, quase acertou o ângulo.

A forte sequência de jogos fez o técnico Jorge Fossati poupar o zagueiro Índio e o meia Giuliano. Sorondo e Andrezinho entraram, respectivamente. Recuperando-se de lesão, o lateral-direito Nei ficou no banco de reservas. Foi substituído pelo volante Glaydson. Mudança mais do que eficiente. Improvisado e à vontade, ele conseguiu ser constante no ataque. Aos 18, cruzou na cabeça de Walter. Livre na área, o atacante cabeceou para o chão, e Pitol espalmou de maneira espetacular. Tomás não deixou que o rebote ficasse com o jogador vermelho.

Mais solto, o Inter passou a produzir. A função ficou por conta de Andrezinho, que procurou ser veloz, deu opções aos companheiros com boa movimentação e pediu bola. Com exceção de alguns toques de lado, D’Alessandro pouco fez. Tanto que Guiñazu trocou a perseguição aos meias adversários por uma assistência. Aos 30, o capitão se vestiu de Kleber pela esquerda e cruzou certinho para Walter. Desta vez, Pitol nada conseguiu fazer: 1 a 0.

Pressionado e em desvantagem, o Ypiranga ainda teve azar. O técnico Agenor Piccinin se viu obrigado a fazer duas mudanças no primeiro tempo. André Luiz e Tomás, machucados, foram substituídos por Alex e Batata. Antes da segunda alteração, o Inter ampliou. Em cobrança de falta rápida, Glaydson recebeu na direita, avançou com liberdade e cruzou para Walter. Passe no melhor estilo “faz!”. De primeira, o centroavante não deu chances ao goleiro adversário.
Do outro lado do campo, Pato Abbondanzieri quase foi para o intervalo como mero espectador. Não fosse um chute do atacante Flávio Dias, aos 41, o argentino não teria feito qualquer defesa. A vaga na final parecia bem encaminhada com o 2 a 0.

Walter (à dir.) fez dois gols e lutou bastante D’Alessandro ficou 23 minutos em campo no segundo tempo. Fez muito mais do que apresentou no primeiro. Chamou o jogo, se movimentou e arriscou dribles. Errou tudo, é verdade, mas pelo menos teve vontade. Fossati decidiu substituí-lo. Nei entrou na lateral direita, e Glaydson voltou ao meio-campo, setor de origem dele. Alecsandro também foi descansar mais cedo e deu lugar a Taison.

O time colorado se revelou um belo administrador de resultado. Em vantagem, não teve o mesmo ímpeto para criar, mas também quase não foi exigido. Vainer foi o único a tentar pelo time de Erechim, aos 26. O chute de longe, de pé esquerdo, foi afastado por Abbondanzieri.

Com Taison na frente, o Inter ficou mais veloz e pressionou a saída de bola adversária. Nem precisava, mas Andrezinho, que anda louco para ter o lugar dele no time, buscou o terceiro gol em duas cobranças de falta. Numa delas, aos 39, Marcelo Pitol se esticou todo para defender. A outra se perdeu pela linha de fundo.

O segundo tempo deu para o gasto. Nada mais. Agora, São José e Pelotas que se resolvam. O Inter é finalista da Taça Fábio Koff.
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