O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), classificou o discurso do pré-candidato tucano, José Serra, como "desonesto e arrogante". Durante lançamento de sua pré-candidatura à Presidência, em Brasília, o ex-governador de São Paulo acusou os petistas de tentarem "dividir o Brasil" entre pobres e ricos.

"O ataque [de Serra] ao Lula é de uma desonestidade política sem tamanho, pois o país só se unifica, tanto nacional, quanto internacionalmente. Depois, é de uma arrogância muito grande, um candidato que reuniu em torno de si apenas PPS, PSDB e DEM, falar que é da unidade do Brasil", disse Vaccarezza.

O líder petista também tentou minimizar eventuais impactos negativos com o cancelamento de parte da agenda da pré-candidata Dilma Rousseff no Ceará. Ele admitiu, no entanto, que o fator "Ciro Gomes" pode ter influenciado para as mudanças.

"Acho que temos que trabalhar com o Ciro Gomes com muito cuidado. Não estamos desesperados, por isso é melhor irmos devagar. Não precisamos ter pressa, principalmente quanto se trata de um partido que tem uma história com o PT, que é o PSB".

Ainda de acordo com Vaccarezza, uma candidatura nunca reuniu tantas forças políticas como a da ex-ministra.

Do outro lado, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) disse que quando fala em unidade, Serra não se refere aos "partidos políticos políticos para ter tempo de TV, mas sim em uma unidade nacional". "Não estamos falando dos trabalhadores, pobres, para colocá-los contra os ricos. Essa é uma prova que o governo continua raciocinando de forma maniqueísta", disse o tucano.