O secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, afirmou, em entrevista no Palácio Paiaguás nesta segunda-feira (12), que o governo do Estado vê com tranqüilidade o desenrolar da Operação Hygeia, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 7 e que prendeu membros da executiva do PMDB, partido do governador Silval Barbosa.

“Vemos com bons olhos todo serviço que contribua para a moralização pública. Mas não tenho mais o que comentar sobre a operação porque não existe envolvimento do governo”, frisou Moraes.

Os peemedebistas presos pela PF foram o secretário-geral do PMDB, Rafael Bastos, o tesoureiro regional, Carlos Miranda , e Jose Luís Bezerra, sobrinho do deputado federal e presidente regional do partido, Carlos Bezerra.

A Operação Hygeia foi deflagrada na quarta-feira (7) para combater fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e apura crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação. Ao todo foram expedidos 35 mandados de prisão a serem cumpridos nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Rondônia.

O nome do governador Silval é citado em uma conversa entre o tesoureiro do PMDB, Carlos Miranda e o empresário Valdebran Padilha, interceptada pela polícia federal. Porém, não existe nenhuma prova de qualquer envolvimento de Barbosa, o qual já informou que seu nome foi usado sem sua autorização.