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Notícias / Ciência & Saúde

Médicos residentes do Julio Müller e Hospital Geral paralisam atividades

Da Redação - Lucas Bólico

Os médicos residentes do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) e do Hospital Geral (HGU) paralisam as atividades em Cuiabá nesta quinta-feira (15). O movimento se alinha com as demais paralisações pelo país. A pauta de reivindicações da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) inclui a exigência de respeito à carga horária de 60 horas semanais, o aumento do subsídio aos residentes e ganhos trabalhistas.

O médico residente do HUJM Tiago Manuel conta que as reivindicações são voltadas ao Ministério da Educação e ao Ministério da Saúde. Isso porque o projeto de bolsa-auxílio é financiado pelo Ministério da Educação, mas segundo ele, o trabalho dos residentes é um serviço prestado para o Sistema Único de Saúde (SUS). Para Tiago, os médicos residentes estão submetidos aos deveres trabalhistas, mas sem os direitos. “Queremos receber a 13ª bolsa, equivalente ao 13° salário, além do adicional de insalubridade”, reclama.

O programa de residência médica é um programa de pós-graduação subsidiado pelo Ministério da Educação. Nele, os médicos devem cumprir uma jornada de trabalho de 60 horas semanais com plantões. De acordo com a ANMR, o valor da bolsa-auxílio esta congelado em R$1.916,45 há quase quatro anos. Segundo a associação, em 2007 o governo havia prometido um reajuste de 23,7%, mas nada foi cumprido.

As outras reivindicações dos residentes são quanto a garantia de pagamento de auxílio moradia e alimentação, aumento de licença maternidade para seis meses e cumprimento da jornada de 60 horas semanais.

De acordo com Tiago, apesar da paralisação, os hospitais em Cuiabá manterão o atendimento em 30%. Ele conta que haverá um ato às 8h30 em frente ao HGU, seguido por uma caminhada até a Praça Ipiranga para conscientizar a população do problema. Além da paralisação em Mato Grosso, mais três estados (Minas, Acre e Piauí) também entrarão em greve nesta quinta-feira (15).

Durante esta terça-feira (14), segundo a ANMR, hospitais universitários de 13 estados entraram em greve. Esses estados são: São Paulo, Amazonas, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina.

Por enquanto, a associação defende que as paralisações são um alerta, mas se não houver acordo, a categoria poderá entrar em greve por tempo indeterminado.
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