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Empate frustrante: Inter joga mal contra o Emelec e não recupera a liderança

GLOBOESPORTE.COM

Faltou gana, faltou gol, faltou vitória. Irreconhecível, o Inter não passou de um 0 a 0 sem graça com o Emelec, nesta quarta-feira, em Gaiaquil, no Equador, pela penúltima rodada do Grupo 5 da Libertadores da América. Uma noite para esquecer e tentar tirar alguma lição. Se mantiver esta postura, vai ser difícil para o grupo de Jorge Fossati realizar o sonho do bicampeonato continental. Com o resultado, o Colorado não recupera a liderança da chave. Com nove pontos, está a um do Deportivo Quito, também do Equador, primeiro colocado. O Emelec, enfim, pontua.

Agora, o Inter se vê obrigado a ganhar do Deportivo Quito na quinta-feira que vem, no Beira-Rio, para reassumir a ponta e garantir a vaga nas oitavas de final como primeiro da chave. Em caso de empate, será preciso torcer contra o Cerro-URU, que no mesmo dia enfrenta o Emelec. No entanto, a vice-liderança não assegura a classificação. Nesta edição da Libertadores, só os seis melhores segundos colocados avançam. Os uruguaios têm sete pontos, em terceiro.

Antes, porém, o assunto volta a ser o Gauchão. Neste domingo, às 16h, a equipe vermelha faz a final do returno contra o Pelotas, também no Gigante. Se vencer, enfrentará o Grêmio na decisão do título.


Se vira, Pato! 

Apesar do desinteresse do Emelec na Libertadores, lanterna do grupo e eliminado, não foi um primeiro tempo nada confortável para o Inter, que se viu bem marcado, especialmente por tentar centralizar demais as jogadas ofensivas. Tanto que só conseguiu chegar quando Walter abriu pela ponta direita para dar opção aos meias. Isso aos 26 minutos, na triangulação D’Alessandro-Giuliano-Walter. Dentro da área, o atacante bateu na saída de Klimowicz, e a bola parou no goleiro.

Guiñazu lutou muito e até tentou ajudar os jogadores de ataque do Colorado

Escolhido pelo técnico Jorge Fossati para coordenar o meio-campo vermelho ao lado de D’Ale, Giuliano fez um esforço danado. O garoto chutou a gol, brigou pela bola, buscou jogo, tentou ocupar cada parte do campo. Mas faltava vibração. O Inter parecia cheio de dedos para arriscar, sem falar na falta de criatividade. Alecsandro paradão na frente, Walter lento, D’Alessandro longe dos melhores dias. Os laterais Nei e Kleber pareciam grudados na defesa. Por vezes, Guiñazu abandonou a marcação para avançar com a bola e tentar criar alguma coisa. Sem sucesso.

Mesmo sem querer nada, o Emelec se assanhou. Talvez por tentar melhorar um pouco a péssima campanha de quatro jogos e quatro derrotas. Em seis minutos, criou três oportunidades claras. Não fez porque Abbondanzieri não deixou. O atacante Biglieri tentou duas vezes, aos 33 e aos 36. Primeiro, recebeu cruzamento de Fernando Giménez na área, entrou em velocidade para despistar a marcação e bateu de primeira. Pato defendeu com os pés. Depois, recebeu na área pelo lado direito, chutou forte, e o argentino espalmou pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Pedro Quiñónez cabeceou para o chão, a bola subiu, e o travessão ajudou.

O sufoco inesperado deixou o Inter tonto. Aos 39, uma nova jogada do Emelec. Numa cobrança de falta para área, a bola passou por meio mundo, e Pato Abbondanzieri defendeu em dois tempos. Peirone estava louco para colocar para dentro. Primeiro tempo de apuros para o Colorado.

Inter melhora, mas aceita o 0 a 0

Fossati agitado no banco e com cara de preocupado, Guiñazu correndo feito um desesperado no campo. Retratos do Inter na etapa final. Na volta do intervalo, o Colorado não fez muito, mas o suficiente para demonstrar que o empate sem gols pelo menos incomodava. Na frente, Alecsandro e Walter se mexiam, Giuliano e D’Alessandro mais perto da área, Nei e Kleber menos escondidos. Aos 11, o lateral-direito recebeu belo lançamento de Sandro na área, tinha tudo para encher o pé, mas preferiu cruzar. Alecsandro passou da bola, Walter aproveitou, mas o chute foi para fora. Peirone respondeu logo depois para o Emelec. Em chute cruzado, Pato teve de se virar.
Walter e Giuliano também tentaram de fora da área. O atacante parou em Klimowicz, e o meia mandou pela linha de fundo. Não poderiam fazer mais nada. Fossati decidiu sacar os dois para lançar Taison e Andrezinho, respectivamente. Walter estranhou. Quando a placa subiu na lateral do campo, soltou um “eu?” decepcionado. Mudanças que não resultaram em nada. Muito pelo contrário. O Emelec voltou a crescer, tentou incomodar. De um jeito displicente, é verdade, mas se igualou aos brasileiros na posse de bola.

Andrezinho também tentou. Teve raça para roubar a bola do adversário na entrada da área e bater cruzado, mas Klimowicz mandou pela linha de fundo, aos 40. A última tentativa de Fossati foi tirar D'Alessandro para escalar Edu. O atacante sequer tocou na bola. Mas foi de Andrezinho a última chance. Aos 47, o meia acertou o travessão em chute de dentro da área. A decisão da vaga será no Beira-Rio.
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