Imprimir

Notícias / Mundo

Navio ucraniano libertado por piratas chega a Mombaça

EFE

O cargueiro ucraniano "Faina", carregado com armamento e libertado em 6 de fevereiro, chegou hoje ao porto de Mombaça, no Quênia, após mais de quatro meses sequestrado por piratas somalis.

O navio atracou no porto de Mombaça, onde era esperado por uma delegação oficial queniana, formada por representantes do Governo e comandantes militares, e outra ucraniana, também formada por chefes do Exército e diplomatas.

Antes, no edifício da Autoridade Portuária de Mombaça, o porta-voz do Governo queniano, Alfred Mutua, disse aos jornalistas que os atrasos na chegada do "Faina", que deveria ter atracado há dois dias, foram devido a "problemas técnicos, pois o navio navega com um só motor".

O Governo do Quênia e o da Ucrânia enviaram pessoal técnico e médico para consertar as avarias na embarcação e atender a tripulação, formada por 17 ucranianos, três russos e um letão, e cujo estado de saúde Mutua disse que não é possível esclarecer.

"Temos disposto o pessoal necessário para que cuide deles, assim como do corpo do capitão", o russo Vladimir Kolobkov, que morreu a bordo por causa de um ataque cardíaco e cujo cadáver está na câmara frigorífica do navio, pois ainda não foi repatriado.

Após a chegada do navio, deve começar a descarga dos 33 carros de combate T-72 e de outros veículos militares, cujo destino causou, desde o começo do sequestro, uma grande polêmica.

O Quênia sustentou que o material é para seu Exército, mas outras fontes, entre elas funcionários de organizações internacionais e diplomatas, indicaram que o destino final era o sul do Sudão.

A possibilidade de que o Quênia tivesse tentado fornecer armas ao Sudão teria violado sua neutralidade e seu papel de mediador no acordo de paz de 2005, que colocou fim ao conflito entre o Governo de Cartum e os rebeldes do sul, que agora governam essa região autônoma.
Imprimir