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UNE deve receber R$ 30 milhões para reconstruir sede destruída durante regime militar

UOL

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou, na última terça-feira (20), um PL (projeto de lei) que reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro pela destruição da sede da entidade, destruída durante o regime militar. O PL prevê indenização de até R$ 30 milhões para sua reconstrução.

Os próximos passos são a aprovação pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a sanção do presidente da República.

O prédio, na Praia do Flamengo, na zona sul da cidade do Rio, pegou fogo em 1964 e demolido anos depois pelo governo militar. O terreno chegou a sair das mãos da instituição por vários anos, até que, em 2007, a Justiça devolveu-o à UNE.

Para o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Augusto Chagas a reconstrução representa uma reparação à democracia brasileira. “Várias gerações lutaram por isso [a reconstrução da sede]. A medida mostra respeito à instituição e ao que ela representa. Após 36 anos de espera, é uma reparação à democracia brasileira. Agora a expectativa é para que nos próximos meses esse projeto se concretize”, afirmou Chagas.

Johnny Heringe, da UEE (União Estadual de Estudantes) do Rio de Janeiro, acredita que a ação faz parte de um movimento de resgate da memória do povo brasileiro. Com o orçamento da nova sede previsto em R$ 30 milhões, a UNE faz uma campanha paralela de arrecadação. “Enquanto não recebemos o dinheiro da indenização, estamos angariando verba com a venda de carteirinha e de doações de estudantes”, conta o tesoureiro.

Segundo a representante da Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) Ariana Souza, o espaço previsto para o novo prédio torna o lugar ideal para reunir membros e organizar trabalhos e pautas, além de a história da sede da Praia do Flamengo ser uma referência para os estudantes. “Estaremos de volta à nossa casa”, diz.
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