O adiamento da vacinação contra a gripe comum nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste confundiu vários idosos de São Paulo neste sábado (24). A campanha, voltada a pessoas com mais de 60 anos, começaria hoje em todo o país, mas foi adiada nesses locais por causa de uma falha na entrega do produto. Apenas nas regiões Sul e Norte as doses começaram a ser distribuídas.

Mesmo assim, vários idosos foram ao posto do Instituto Pasteur, na avenida Paulista, em São Paulo, para serem imunizados contra a doença. Na porta, recebiam a informação de que só estava disponível a vacina contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína – indivíduos com mais de 60 anos que tiverem doenças crônicas devem se vacinar contra a doença. Não havia filas no local por volta das 10h30 e o tempo de espera não passava de cinco minutos. Cerca de 300 idosos já foram vacinados.

O aposentado Benedito Expedido Costa, de 71 anos, pretendia se vacinar contra as duas gripes, mas descobriu que só poderia tomar uma. Fernando José Baptista, enfermeiro encarregado de orientar as pessoas no local, conta que às 8h havia uma fila grande de idosos que queriam ser imunizados e muitos deles não sabiam da mudança.

Como vários deles também tinham doenças crônicas, a opção foi esperar e já adiantar uma das vacinas – quem fizer essa opção precisa lembrar de voltar ao posto para receber a dose contra a gripe comum, entre os dias 8 e 21 de maio. A dona de casa Fernandina Bezerra da Costa, de 60 anos, não sabia que precisava tomar a dose contra o vírus A (H1N1), mas foi informada de que estava no grupo de risco, já que sofre de diabetes.

Postos de saúde de todo o país devem abrir hoje também para o último dia de vacinação contra a gripe suína, para as seguintes parcelas da população: crianças de seis meses a dois anos de idade, portadores de doenças crônicas e jovens saudáveis de 20 a 29 anos. As grávidas que ainda não tomaram a dose também devem ir ao posto hoje, mas, se quiserem, podem se vacinar no decorrer da campanha, que só acaba em 21 de maio.

Ao contrário do que foi registrado nesta sexta-feira (23), hoje não havia filas no local. A operadora de telemarketing Joana Ortiz Sabino, de 20 anos, esperou apenas dois minutos para ser atendida. Ela pensava que a distribuição de doses tivesse acabado ontem, mas viu que estava errada sobre o assunto quando ia para o trabalho, na região da avenida Paulista. O filho dela, de dois anos, também se vacinou.

– Fiquei com receio de dar a vacina para o meu filho, mas fiz pesquisas na internet e achei que era melhor que nós nos protegêssemos contra a doença.

Rafael Carlos Magalhães, de 22 anos, colega de Joana, conta que esperou mais de uma hora e meia para tomar a dose no mesmo local, ontem.

– Se soubesse teria esperado para tomar hoje.