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Notícias / Meio Ambiente

Homero e Rebelo irão debater as mudanças no Código Florestal

De Brasília - Vinícius Tavares

O deputado Homero Pereira (PR/MT) será o coordenador de uma palestra magna sobre o novo Código Florestal durante o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec 2010). A palestra vai ocorrer no segundo dia do evento, que ocorre na próxima terça-feira, das 14h às 16h, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. Homero Pereira estará acompanhado do relator da Comissão Especial, deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP).

Segundo Homero, o atual Código traz insegurança jurídica a toda a produção rural. Ele destaca que as operações do Ministério do Meio Ambiente que cunharam como Boi Pirata a criação de gado em áreas hoje consideradas ilegais são prova da insegurança jurídica do produtor rural em relação aos limites das Leis ambientais.

“A legislação joga o pecuarista na ilegalidade. Antes era permitido desmatar 50% da mata em uma propriedade. Depois, a reserva legal passou para 80%. Muitos pecuaristas ficaram inadimplentes e n!ao foram anistiados”, revelou.

Vice-presidente da Comissão Especial responsável pelo parecer a projetos que modificam o Código Florestal em tramitação na Câmara dos Deputados, Homero afirma que é preciso aumentar a mobilização do setor rural para a defesa de temas como a legislação ambiental. Segundo ele, os ambientalistas ocupam diversos espaços porque se utilizam da internet e disseminam a tese de que o setor rural é o responsável pelas mazelas ambientais.

O deputado citou reportagem do site Olhar Direto, único veículo de imprensa a divulgar que o presidente do SOS Mata Atlântica possui uma área de 53 mil hectares no Pantanal e arrenda uma parte dela para criação de gado em APP (Área de Preservação Permanente).

“O exemplo do Olhar Direto mostra que é preciso mobilização do setor rural pela Internet e pelos veículos de comunicação que acompanham o setor rural. Na Colômbia, por exemplo, o candidato do presidente Álvaro Uribe, que estava na frente das pesquisas, foi alvo de uma campanha na Internet que alterou o panorama das eleições presidenciais. No Brasil, o setor rural tem se mobilizado pouco”, reafirmou.
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