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Promotoria denuncia irmão do ex-boxeador Popó e 6 policiais por assassinato na BA

Folha Online

O ex-boxeador Luís Cláudio Freitas, 42, foi denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público pelo assassinato do ex-presidiário Moisés Magalhães Pinheiro, morto em setembro de 2009, em Salvador. Freitas é irmão do também do ex-boxeador Acelino Freitas, o Popó, que na época chegou a ser considerado o mentor do crime.

Segundo a polícia, Freitas estava insatisfeito com o relacionamento da sua filha de 17 anos com Jônatas Almeida dos Santos Dantas, que sobreviveu após fugir. Moisés era amigo do rapaz.

A promotora Isabel Adelaide de Andrade Moura, também indiciou pelo crime seis policiais --um civil e cinco militares--, entre eles, Robson Magalhães Escoredo Fernandes, Philiph Gustavo Brito Souza, Arnaldo Rodrigues Conceição Filho, Julimar dos Santos Batista e Élcio Alves de Carvalho e Antoniel Paixão Conceição.

Segundo a promotora, um dos indícios do envolvimento do irmão de Popó foi uma ligação que ele fez para o policial Hamlet Escoredo. O policial retirou as vítimas de casa à força no dia do crime.

O inquérito policial concluiu que Popó não teve participação no assassinato.

Caso

No início de setembro de 2009, um rapaz de 21 anos procurou a polícia e afirmou que ele e o amigo foram sequestrados no último dia 9, por dois homens que os levaram para um matagal. No local, a dupla atirou contra os rapazes.

O jovem conseguiu escapar sem ferimentos, mas o amigo, de 28 anos, foi encontrado morto no dia seguinte.

Entretanto, segundo a denúncia do rapaz, o sequestro ocorreu no mesmo dia em que Popó foi até sua casa para buscar a sobrinha. O ex-boxeador, segundo o jovem, era contra o relacionamento entre ele e a garota, por ela ser menor de idade.

À polícia o jovem disse que os dois homens que tentaram matá-lo --e que assassinaram seu amigo-- disseram ser policiais e invadiram sua casa com a desculpa de que buscavam por drogas.

Ainda segundo a denúncia da vítima, a discussão entre ele e Popó ocorreu por volta das 14h da quarta, e o sequestro pouco depois, às 16h30. Desde que o caso surgiu, o ex-boxeador negou qualquer envolvimento.
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