A operação para receber dois políticos reféns das Farc não irá continuar nesta segunda-feira (2) na Colômbia, informou um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que negocia o resgate.

Ives Heller disse que a operação vai seguir "o mais breve possível", mas não acrescentou detalhes.

O adiamento ocorre depois de atritos entre os negociadores e o governo do presidente Alvaro Uribe.

Uribe disse que vai permitir que a senadora Piedad Córdoba siga como mediadora na libertação de dois políticos reféns das Farc. Antes, ele havia desautorizado a participação da senadora e da comissão que ela chefia, depois da libertação de quatro militares que eram mantidos reféns desde 2007 pela guerrilha. 

No domingo, uma operação resultou na libertação dos policiais Alexis Torres, Juan Fernando Galicia e José Walter Lozano e do militar William Domínguez, que estavam sequestrados desde 2007.

A operação teve apoio logístico do Brasil, com dois helicópteros e 18 militares fornecidos pelo Exército brasileiro. Uribe também agradeceu ao Brasil pelo apoio logístico dado à Cruz Vermelha.

A guerrilha ainda prometeu libertar os políticos Alan Jara e Sigifredo López.

Se as duas outras libertações se confirmarem, serão 6 reféns livres entre os mais de 700 que se estima ainda estejam em poder das Farc, e que elas pretendem trocar por integrantes presos.