Imprimir

Notícias / Política BR

Ex-diretor da Assembleia do PR desviou dinheiro para fazenda, diz procurador

Agência Folha

O chefe dos Gaecos (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, vinculado ao Ministério Público do Paraná), procurador Leonir Batisti, disse nesta tarde existirem documentos que apontam desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Estado para a fazenda, em Goiás, do ex-diretor-geral da Casa Abib Miguel, conhecido como Bibinho, que está preso.

Os documentos, segundo Batisti, foram localizados na casa de Bibinho, em Curitiba, durante cumprimento de mandado de sua prisão temporária, há cinco dias.

O procurador não deu detalhes sobre os documentos, mas informou em entrevista que os papéis mostram "de forma comprovada" que funcionários fantasmas da Casa, sob pretexto de receber salários, desviavam os valores em benefício do imóvel de Bibinho, onde ele mantém uma plantação de soja.

O ex-diretor e seus dois principais colaboradores na gestão administrativa da Assembleia, Claudio Marques da Silva e José Ary Nassif, tiveram hoje o pedido de prisão temporária prorrogado pela Justiça por mais cinco dias.

Os três e outras sete pessoas foram presas no último sábado sob suspeita de crimes de peculato (quando servidor público desvia recursos públicos), lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e formação de quadrilha.

Há 40 dias, a Promotoria iniciou investigação para apurar suspeitas da existência de um esquema milionário de nomeação de funcionários fantasmas na Assembleia com o objetivo de desviar recursos da Casa. A estimativa inicial é de que R$ 20 milhões tenham sido desviados.

O advogado Alessandro Silvério, que representa o ex-diretor-geral, afirmou que não se manifestaria sobre o caso. Sobre a informação de que a Promotoria está de posse de documentos que apontariam desvio de dinheiro, o advogado disse desconhecer o fato por não ter tido conhecimento e acesso aos papéis apreendidos na casa de seu cliente.

Miguel, em depoimento, optou por ficar em silêncio anteontem quando questionado pelos promotores de Justiça das suspeitas de corrupção na Assembleia.
Imprimir