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Funcionários da USP decidem entrar em greve a partir de 5 de maio

Folha Online

Funcionários do campus Butantã da USP (Universidade de São Paulo) decidiram na tarde desta quinta-feira que entrarão em greve a partir de 5 de maio. A paralisação deve afetar serviços como o ônibus circular, o restaurante universitário, laboratórios, museus, bibliotecas e setores administrativos.

Os servidores reivindicam uma reunião de negociação com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) para discutir um aumento salarial de 16% mais R$ 200. Eles também querem o repasse de 6% dado pela reitoria aos professores em fevereiro deste ano.

A decisão pela greve foi tomada por unanimidade em uma assembleia no prédio das faculdades de Geografia e História, que reuniu cerca de 1.200 funcionários e terminou pouco antes das 14h, de acordo com Aníbal Cavali, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

"Há dois meses tentamos estabelecer as negociações. Queremos o aumento que já foi dado aos professores porque tivemos a mesma perda salarial que eles. É preciso fazer a discussão salarial de forma isonômica", diz Cavali.

No ano passado, uma greve iniciada por funcionários da USP também em 5 de maio ganhou a adesão de professores e funcionários um mês depois, após a Polícia Militar ter sido chamada pela então reitora Suely Vilela para impedir piquetes dos servidores em prédios como a reitoria. A greve durou 57 dias e foi marcada por um conflito entre a Força Tática, de um lado, e estudantes e funcionários, do outro, que deixou ao menos dez feridos. A paralisação terminou em 22 de junho sem que as principais reivindicações da categoria fossem atendidas.
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