Muitos governadores republicanos deixaram para trás sua lealdade partidária com seus colegas no Congresso dos EUA para apoiar o plano anticrise proposto pelo presidente democrata Barack Obama, que foi aprovado na Câmara dos Representantes (Deputados) nesta semana sem o apoio do partido Republicano. Nas próximas semanas, o pacote vai à votação no Senado e deve enfrentar resistência semelhante.

O pacote anticrise de Obama prevê o repasse de bilhões de dólares aos Estados para investimentos em educação, obras públicas e assistência médica.

Alguns como o governador de Vermont, Jim Douglas, planejava ir a Washington nesta segunda-feira para pressionar senadores para que aprovem o plano. "Como responsável por um Estado que experimenta desafios orçamentários, o governador Douglas têm uma perspectiva diferente da situação do que os congressistas republicanos", afirmou a assessora do governador, Dennise Casey.

Até a famosa candidata republicana à vice-presidência, a governadora Sarah Palin, tinha planos de ir à capital federal para se encontrar com senadores e pressionar pela parcela de seu Estado no pacote bilionário de US$ 819 bilhões.

Congressistas republicanos reclamam que o plano da Casa Branca investe em áreas que não devem gerar empregos ou estimular economia do jeito de que o presidente Obama tem prometido.

Em seu programa semanal de rádio, Barack Obama antecipou neste sábado que deve lançar um novo plano para estimular a concessão de crédito no país. E voltou a pressionar o Senado a aprovar o pacote de US$ 819 bilhões já liberado pela Câmara dos Representantes (Deputados).

"Os riscos estão em um nível tão alto que nós não podemos nos permitir mais os velhos confrontos e posturas partidárias em Washington. É a hora de ir numa direção diferente", afirmou ele, no que pode ser interpretado como um recado direto aos legisladores republicanos.