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Procuradoria denuncia 28 pessoas por fraude de R$ 9 milhões no INSS

R7

O Ministério Público Federal em Guarulhos, na Grande São Paulo, denunciou 28 pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha que fraudava o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O grupo, segundo a Promotoria, contava com um servidor do instituto e um delegado da Polícia Civil de São Paulo para consolidar a fraude, dando um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 9 milhões.

As 13 pessoas foram denunciadas por formação de quadrilha armada, peculato, estelionato, corrupção ativa e passiva e tiveram as prisões preventivas decretadas. As investigações estimam que cerca de 300 benefícios tenham sido concedidos irregularmente.

Também foram denunciadas por estelionato contra a Previdência Social mais 15 pessoas que se valeram dos serviços prestados pela quadrilha e receberam, de forma fraudulenta, o benefício de auxílio-doença.

A Justiça Federal também decretou a indisponibilidade dos bens dos 13 acusados presos durante a operação Evidência, deflagrada no último dia 27, assim como o sequestro de contas bancárias dos réus.

Foram também decretados 23 mandados de busca e apreensão em São Paulo e nos municípios paulistas de Guarulhos, Planalto, Mogi das Cruzes e Bertioga. Também foram suspensos os benefícios concedidos de forma fraudulenta.

A investigação, que começou em 2009, descobriu que um servidor do INSS, técnico do seguro social, se associou a outras 12 pessoas em forma de quadrilha armada, entre eles um delegado da Polícia Civil de São Paulo. Ele recebia comissões para executar as fraudes, por meio do uso de senhas furtadas de médicos-peritos para a concessão de auxílio-doença ou a prorrogação do auxílio para os aliciados pela quadrilha, na maioria pessoas que tinham o benefício recusado pelo órgão.

A quadrilha cobrava R$ 4.500 do segurado para conseguir o benefício. Desse valor, o servidor do INSS recebia entre R$ 2.500 a R$ 3 mil de comissão.
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