Imprimir

Notícias / Política BR

Enquanto não define chapa, PT-SP afaga possíveis companheiros de Marta

Folha Online

Para não irritar os aliados enquanto está indefinido quem irá compor a chapa ao Senado com a ex-prefeita Marta Suplicy, o PT paulista resolveu afagar os dois candidatos à vaga: os vereadores Gabriel Chalita (PSB) e Netinho de Paula (PC do B).

Antes de escolher entre Chalita e Netinho, a aposta do partido é esperar que a candidatura do empresário Paulo Skaf (PSB) não se viabilize por falta de alianças e baixa intenção de votos nas pesquisas.

Pesquisa Datafolha, publicada no dia 29 de março, mostrou o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com 2% das intenções de votos, o que tem dificultado alianças, em especial depois da saída do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa presidencial.

Ontem, o presidente do PT paulista, Edinho Silva, foi ao lançamento do livro de Chalita. Semana passada, ele também postou elogios ao vereador em sem Twitter.

Amanhã, é a vez do cantor Netinho de Paula. Ele foi convidado para participar de evento em Santos no qual estará, além de Marta, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o pré-candidato do partido ao governo paulista, o senador Aloizio Mercadante.

Esta semana, Mercadante também ligou para o vereador depois que ele se mostrou no irritado com a demora do PT. "O PT não se posicionou até agora. Não tem nada garantido. Prometeram o que não podiam. E atrapalharam uma chapa que seria a ideal, com uma figura popular ao lado de Mercadante", afirmou Netinho.

No entanto, parte do PT paulista não quer Netinho como companheiro de Marta por avaliar que ele pode tirar votos da ex-prefeita. O grupo também entende que ceder o lugar a Chalita pode garantir a saída de Skaf da disputa, já que o lugar de candidato a vice na chapa de Mercadante é disputado por PDT e PR.

Enquanto não se define sobre a candidatura de Skaf --decisão que deve ser tomada próximo das convenções em junho--, o PSB de São Paulo continua afirmar que o empresário será o candidato.

O presidente do PSB paulista, deputado Márcio França, tem afirmado que a candidatura de Skaf, fortaleceu com a saída de Ciro. "Se Ciro fosse candidato, não poderíamos fazer uma aliança com o PR e o PC do B."

França quer inclusive que o deputado seja coordenador do programa de governo de Skaf. No partido, ainda há o desejo de convencer Ciro a ser candidato à Câmara dos Deputados em São Paulo.

Já o presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou esta semana que está otimista sobre o apoio de Ciro à pré-candidata petista. "Estou otimista. Ele foi ministro do governo, deputado da base do governo no segundo mandato e é amigo da Dilma", disse.

Na terça-feira, os diretórios nacionais do PT e PSB irão se reunir para discutir o apoio à Dilma.
Imprimir