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Notícias / Brasil

Promotoria investiga demora em atendimento

R7

O Ministério Público de São Paulo abriu nesta sexta-feira (30) um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades no atendimento e na administração do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da capital apontadas por duas reportagens do R7 publicadas na semana passada. A Promotoria deu prazo de cinco dias para que a Secretaria Municipal de Saúde esclareça por que um atendimento de urgência a um morador de rua demorou uma hora e quarenta minutos para acontecer e por que as motocicletas doadas pelo Ministério da Saúde para prestar primeiros socorros estão guardadas há pelo menos cinco meses.

O inquérito pede que a Secretaria Municipal de Saúde esclareça “em cinco dias a noticiada ineficiência do serviço do Samu, bem com as medidas que serão tomadas para regularizar os atendimentos de urgência/emergência na cidade de São Paulo”.

O R7 procurou a assessoria de imprensa da secretaria que pediu que uma cópia de inquérito fosse encaminhada à pasta. A reportagem aguarda manifestação da secretaria.

A promotora de Justiça responsável pelo inquérito, Ana Lúcia Vieira Menezes, afirmou também que pedirá à Delegacia de Saúde Pública que investigue se houve crime de omissão de socorro no caso do morador de rua, Odair de Souza, de 37 anos, que morreu após atraso no atendimento de urgência.

Em 27 de fevereiro deste ano, a ambulância do Samu destinada a atender Souza, que estava inconsciente em um albergue da prefeitura e tinha marcas de agressão no corpo, demorou um minuto para sair da base após receber o chamado e levou menos de dez para chegar ao albergue. No entanto, o paciente esperava o socorro havia quase duas horas - a central de operações do Samu demorou 1h40 para repassar o chamado à ambulância, de acordo com a ficha de atendimento. Souza foi levado a um hospital da zona leste, mas, no mesmo dia, morreu de broncopneumonia.
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