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Disputa pelo Senado evidencia racha entre serristas e alckministas no PSDB-SP

Folha Online

A disputa pela vaga de candidato ao Senado do PSDB em São Paulo --entre o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira e o deputado José Aníbal-- pode trazer de volta o racha dentro do partido entre serristas e alckministas da eleição municipal de 2008.

Na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano retrasado, o grupo ligado ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, defendia a candidatura do então vice Gilberto Kassab (DEM), enquanto o ligado a Geraldo Alckmin queria a candidatura própria com o ex-governador.

Agora nestas eleições, os serristas querem Aloysio como candidato tucano ao Senado, que será companheiro de chapa do ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Já os tucanos ligados a Alckmin, que irá concorrer ao governo paulista, defendem a candidatura de Aníbal.

Na próxima segunda-feira, os 105 membros do Diretório Estadual debaterão o assunto. Em uma votação secreta, duas teses serão tratadas. A primeira prevê a escolha neste momento de Alckmin como candidato ao governo, Guilherme Afif Rodrigues, do DEM, a vice. No Senado, o candidato seria Aloysio, que teria que o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) como companheiro de chapa.

A segunda tese defende a escolha do candidato ao Senado na convenção em junho quando votarão cerca de 3.800 delegados. Aníbal afirma ter garantido cerca de 50 votos do Diretório Estadual e, desde ontem, trabalha para conseguir apoio entre os delegados.

Se o pedido de Aníbal for aceito, irá atrasar o lançamento da chapa tucana em São Paulo marcado para o dia 8 de maio no Expo Center Norte.

No partido, a divisão é tratada com discrição já que os dois grupos estão acomodados no governo paulista --que agora está nas mãos de Alberto Goldman. Em janeiro do ano passado, Alckmin foi nomeado a Secretaria de Desenvolvimento do Estado.

Mesmo com a "anistia" pela entrada de Alckmin no governo, o racha evidenciado na eleição municipal voltou em fevereiro de 2009 na disputa pela liderança do PSDB na Câmara, quando Aníbal foi eleito líder.

Um grupo de 19 dos 58 deputados tucanos fez um uma carta de repúdio à reeleição de Aníbal, que foi chamada de "golpe". Entre eles estavam lideranças do PSDB paulista -- Mendes Thame, Paulo Renato, Ricardo Trípoli, Arnaldo Madeira, Antônio C. Pannunzio e Walter Feldman.
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