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Denúncia de superfaturamento foi feita anonimamente a Blairo Maggi

Da Redação - Alline Marques

O ex-governador Blairo Maggi (PR) foi quem recebeu a denúncia de superfaturamento na aquisição dos 705 maquinários e determinou a apuração imediata dos fatos. O documento foi entregue anonimamente ao republicano, conforme explicou o ex-secretário Vilceu Marcheti, responsável por conduzir as investigações no governo.

Apesar de não ser o único apontado no esquema de superfaturamento, Marchetti até então foi o primeiro a deixar o cargo na tarde desta sexta-feira (30), e mesmo com o desgaste, o ex-secretário saiu em defesa do ex-governador. “Blairo Maggi nunca jogou nada debaixo do tapete e não será agora”, declarou em entrevista coletiva.

Marcheti recebeu a missão de coordenar as investigações e apurar se houve sobrepreço na compra das máquinas pelo governo do Estado, que contraiu uma dívida de R$ 250 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

O ex-secretário explicou ainda que como o pagamento às empresas foi feito antes do prazo de 180 dias, o governo do Estado solicitou a devolução do dinheiro referente aos juros correntes. Das nove empresas participantes do certame, apenas cinco aceitaram devolver o recurso, totalizando R$ 6 milhões.

Segundo Marcheti, todas as empresas foram devidamente notificadas pelo governo e o processo referente à devolução do dinheiro foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado, que deverá tomar as medidas cabíveis, para garantir o ressarcimento.

Vilceu explicou também que não havia como ser feito o bloqueio do pagamento, pois o dinheiro foi repassado diretamente pelo BNDES, antecipadamente. Somente após verificar a liquidação da dívida previamente é que o governo tomou providência.

Marcheti explicou que além da pasta de Infraestrutura também foram envolvidas no processo as Secretarias de Administração e Fazenda, porém preferiu não responsabilizar nenhum outro secretário pelos fatos, pois na sua visão não houve sobrepreço.

O ex-secretário atestou também que nenhum funcionário da Sinfra não tem culpa. “O estado não tem culpa nenhuma, não vejo sobrepreço, agora cabe a justiça responsabilizar os culpados”, afirmou.
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