A tendência em 2016 no setor da construção civil é o aumento das incorporações imobiliárias. A prática, onde a moeda de troca são os apartamentos, deverá ser seguida no próximo ano diante a instabilidade econômica brasileira, segundo especialistas, uma vez que as construtoras tendem a optar em investir nas obras.

Especialistas do ramo imobiliário revelam que em 2016 a tendência é de aumentar a prática das incorporações imobiliárias diante uma economia estagnada. Estudos apontam que no próximo ano se verá uma sobra de novos apartamentos.

“Com a economia estagnada sobrará apartamentos novos para oferecer e começará um novo ciclo dos terrenos, principalmente por parte das grandes construtoras”, destaca o corretor de imóveis, Altair Monteiro.

Leia mais:
PIB de Mato Grosso cresce 57,4% em 2013; Cuiabá é a 17ª entre capitais

Monteiro explica que a incorporação imobiliária nada mais é que a pessoa entrar com o terreno e a construtora com o projeto e a obra. “A moeda de troca é o apartamento. As construtoras a partir de 2016 vão evitar comprar terrenos diante a economia, ou seja, elas vão optar em investir na obra”.

O especialista comenta que proprietários de áreas de poder construtivo (terrenos) “não gostavam muito” da ideia de incorporar um empreendimento, pois preferiam vender à vista. "Mesmo porque existia a procura dos investidores para depois incorporar e também das construtoras de médio porte, elas são o grande nicho do mercado para 2016, na ocasião pelo menos 99% dos terrenos adquiridos por essas construtoras médias são via pagamento à vista. Apenas as grandes construtoras possuem o hábito de negociar através da modalidade de incorporação imobiliária. Com a crise econômica as grandes construtoras só negociam apenas se o dono da área estiver disposto a incorporar, enquanto as construtoras médias dificilmente irão comprar áreas sob pagamento em dinheiro. Estamos vivendo um momento único para o estoque de unidades novos”.