Em palestra na nova sede da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), em Cuiabá, na sexta-feira (22), o Professor Doutor Éric Hequet, da Texas Tech University, nos Estados Unidos, reforçou os critérios de qualidade da fibra indispensáveis para quem planeja manter-se competitivo e destacou que o Brasil deve ter foco no mercado asiático, que mais deve expandir a importação de fibra nos próximos anos.
Os principais critérios citados por Hequet dizem respeito à maturidade da fibra (quanto mais madura, melhor. Falta ou excesso de chuva prejudicam a maturação), o comprimento da fibra (preferência por fibras mais longas) e a enlongação (fibras com mais capacidade de serem alongadas geram menos ruptura no processo de beneficiamento e menor defeito aos fios).
Leia também:
Ministro tenta desembargar carne de MT com o Irã e Egito
Transporte irregular e estradas precárias gera prejuízo de R$ 154 ao produtor de gado em MT
O Doutor comentou que a produção de algodão no Brasil tem estado em grande ascensão nos últimos anos e boa parte do que vem das lavouras é exportado. Para a Ásia, Hequet acrescenta que os fios pedem por uma espessura mais fina, além de muita maturidade.
“Os números mostram que o principal mercado fica na Ásia e precisamos manter os clientes satisfeitos e felizes”, afirmou o Doutor, ressaltando a importância de o setor produtivo brasileiro investir em uma produção que atenda aos critérios de qualidade.
Hequet cita o melhoramento genético como um importante ponto para alcançar a enlongação necessária das fibras e melhorar sua qualidade.
A palestra do Prof. Dr. Éric Hequet integra o II Workshop da Qualidade do Algodão, realizado pela Ampa, em Cuiabá, durante a sexta-feira (22).