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PECUÁRIA DE CORTE

Linha de crédito do FCO voltada à cria é aprovada e deverá estimular segmento

13 Nov 2013 - 15:54

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução / Ilustração

Linha de crédito do FCO voltada à cria é aprovada e deverá estimular segmento
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) informa, através de nota, que conseguiu aprovação de uma proposta para implantação de uma linha de crédito no Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) voltada para o segmento da Cria.


A aprovação ocorreu durante a 20ª Reunião Ordinária da Câmara de Política Agrícola e Crédito Rural CPACR/CDA-MT e, segundo a associação, o objetivo é garantir renda para os produtores e estimular o melhoramento genético e consequentemente na qualidade de bezerros.

Após aprovação na reunião, a linha segue para ser votada no Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro Oeste (Condel) que ocorrerá este mês em Goiás. Com a aprovação, a linha de crédito para a Cria passa a ser disponibilizada a partir de 2014.

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De acordo com o Guilherme Nolasco, representante da Acrimat na Câmara, a entidade apresentou uma alternativa compatível com os critérios do FCO e, principalmente, com a realidade do pecuarista do Estado.

Esta linha é uma adaptação de uma já existente na região do Pantanal para todo o Estado. “O produtor de Cria, quando passa por uma dificuldade, precisa vender sua matriz para se capitalizar. O problema é que com isso ele compromete a produção futura de bezerro e consequentemente sua renda. Agora, ele poderá captar dinheiro sem abrir mão de sua principal fonte, a vaca”, explica Guilherme Nolasco.

Normas para conseguir crédito

A Acrimat explica que para requerer o crédito, o pecuarista apresenta as fêmeas que pretende reter durante o período de até oito anos e o banco concede o recurso correspondente ao valor destes animais.

As matrizes aptas devem possuir entre 12 e 72 meses. Além de apresentar suas matrizes por meio do registro do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), o produtor também precisará a investir em tecnologia genética, seja por meio de Inseminação Artificial, de Inseminação Artificial por Tempo Fixa (IATF) ou de reprodutores Pura Origem (P.O).

Mais qualidade ao rebanho

O economista e consultor técnico da Acrimat, Amado de Oliveira Filho, explica que o maior legado desta linha é justamente a condicionante de investimento em tecnologia, o que garante produção de qualidade. “Não será um instrumento somente para aquisição de capital de giro. O pecuarista vai precisar melhorar ou manter a qualidade dos bezerros que produz”.

A Acrimat informa que, com o recurso desta linha, o pecuarista poderá adquirir, além de tecnologia genética, tecnologia para o pasto, providenciar a regularização ambiental entre outras ações para melhorar a renda de sua propriedade. Amado de Oliveira destaca ainda que a Acrimat aguarda retorno de uma proposta feita ao MAPA, por meio do Secretário de Políticas Agrícolas, Nery Geller, para aumentar a oferta de recursos para o segmento de cria. “Esta nova linha é muito importante, porém, o volume de recursos ainda é muito pequeno para representar uma mudança do cenário econômico que se apresenta".

O prazo para o pagamento do empréstimo é de até oito anos, com carência de quatro para começar a pagar, isso de acordo com a avaliação do analista financeiro. O limite é de duas mil matrizes por produtor e o preço pago por cada uma será calculado com base no levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulga a Acrimat.
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