Nos últimos anos o milho vem quebrando sucessivamente recordes de produção em Mato Grosso e se aproximando da produção total de soja do Estado. Para a safra 2013/2014, o cenário ideal para o cereal é que a produção não atinja um novo recorde e sofra diminuições.

A análise é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, que afirma que 2014 vai quebrar o ciclo de recordes sucessivos, através da diminuição da área plantada e também da redução nos investimentos em tecnologia, o que deve fazer cair a produtividade.

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“Será um ano de incertezas para o milho. Salvo inconstâncias na produção de países concorrentes, será um ano de pouca viabilidade econômica e muitos estoques de passagem”, diz o presidente.

Carlos Fávaro também ressalta que, assim como este ano, a intervenção do governo através de leilões será muito importante para equilibrar os preços. “Mas não podemos depender só disso”, acrescenta.

Para Fávaro, a melhor solução para o milho seria a saída pelo Norte do país, mas isso depende de investimentos do governo em infraestrutura logística. Normalmente, o milho vale 1/3 do preço da soja, atualmente está valendo 5 vezes menos. O impacto dos preços de frete no milho tem um peso muito maior que na soja.

Verticalizar a produção, investindo em usinas de etanol à base de milho e em outras indústrias que usem o cereal como matéria-prima, também seria uma boa saída para manter os preços sempre equilibrados, mas é algo que demanda mais tempo e muitos investimentos.