Apesar da grande importância de Mato Grosso como grande exportador de grãos, o conselheiro Comercial da Embaixada da China no Brasil, Wang Qingyuan, afirmou que a relação entre o Brasil e o Gigante Asiático ainda precisam ser aprofundadas. Segundo ele, a imagem do país ainda é muito ligada a traços superficiais.

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“Samba, futebol”, disse, em meio a uma risada desconcertada, ao ser questionado sobre qual a imagem do Brasil na China. “Tanto do lado dos chineses, quanto dos brasileiros, falta conhecimento. Só conhecemos o Brasil pelo samba, pelo jogo, e o que vocês conhecem de nós? Temos que aprofundar esse conhecimento”, completou.

Para Wang, o comércio entre os dois países ainda pode crescer muito e a China pode oferecer muito em relação a tecnologia de ferrovias ao Brasil, uma das principais saídas para os problemas de logística para o escoamento dos produtos brasileiros. “O que temos em ferrovias é o que há de mais avançado”, pontuou.

O conselheiro Comercial da Embaixada chinesa foi um dos palestrantes do 1° Seminário "Cenários Estratégicos de Mato Grosso", idealizado pelo deputado estadual José Riva, que discute o fato de a falta de planejamento ser a principal causa da situação vivida hoje por Mato Grosso, onde o grande potencial de produção - e os benefícios sociais decorrentes - não se realizam por causa dos gargalos da logística.

Wang já atuou como diretor do Ministério de Comércio Exterior e Cooperação Econômica, e nas embaixadas do México e Argentina. Na promoção do intercâmbio comercial entre os países, tem orientado missões comerciais de estados brasileiros interessados em estreitar os laços econômicos com aquele país. Em sua palestra, o conselheiro falou sobre a economia chinesa, a demanda de commodities agrícolas e minerais pela China, o intercâmbio comercial e as novas possibilidades de investimentos no Brasil.