A Baixada Cuiabana tem mais de 580 mil hectares de terras com aptidão para o cultivo de soja, segundo estudo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado no último sábado (22) em evento no hangar do Grupo Bom Futuro, em Cuiabá, para demonstrar áreas inéditas com cultivo da oleaginosa na capital.

Segundo informa a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), durante a apresentação do estudo, o gestor no Imea Daniel Latorraca explicou que, apesar dessa aptidão, existem vantagens e desvantagens a serem observadas.

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Latorraca destacou quatro pontos importantes a serem analisados: fomento com novas linhas de crédito, pesquisa e entendimento do solo e clima, treinamento e conhecimento para o cultivo e o desafio logístico, porque as estradas, como em todo o Mato Grosso, não são preparadas para suportar mais esse volume de produção.

O estudo do Imea deu-se em decorrência de um projeto do Grupo Bom Futuro, que desenvolveu uma área de 80 hectares com uma variedade de soja de ciclo tardio com objetivo de verificar os resultados e expandir as possibilidades de utilização do solo na Baixada, podendo dar um incremento econômico à região. Três anos de preparação do solo – muito pedregoso e com deficiências – foram necessários.

Para o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, a iniciativa do campo experimental é válida, possibilita visualizar o cultivo nas condições locais e permite pensar novas oportunidades para toda a região próxima à capital. “A soja pode deixar as propriedades mais viáveis economicamente e socialmente, mas é preciso cautela na tomada de decisão e avaliar de maneira correta. A Aprosoja sempre está disponível para auxiliar o produtor no que for preciso”, pontuou.