A pecuária brasileira deve preocupar-se menos com as exportações aos países desenvolvidos e virar os olhos para nações menos desenvolvidas e que não consomem muita carne. Ainda. Esse é o conselho dado durante palestra no Circuito ExpoCorte, em Cuiabá, na quarta-feira (19), por Osler Desouzart, especialista no mercado internacional de carnes e membro da Diretoria Consultiva do World Agricultural Forum.
Osler apresentou ao público perspectivas do comércio de carne nos próximos anos, até 2022. Os números mostram que o maior crescimento no consumo de carne será em países da Ásia, África e América Latina.
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Em 2022, de acordo com os dados apresentados, a Ásia será responsável por 57,98% do crescimento no consumo de carne. A América Latina, 19,83%, e a África responderá por 10,04% do incremento.
“Os países em desenvolvimento são e serão os vetores da demanda de produção e importações de carne”, afirmou Osler.
O especialista explica que quanto maior a renda de um país, melhor ele se alimenta, o que significa comer mais carne.
Em países de economia consolidada, a alimentação está estabilizada. Em nações como a Noruega, por exemplo, o que se poder ser consumido já o é, não existem lacunas para serem conquistadas. “O futuro está nos países que hoje não consomem carne”, prevê.